Calma

Irmã Rafaela

"Calma, Deus existe! Confie em Deus."

Quantas pessoas efetivamente confiam em Deus quando em meio às provações que experimentam ao longo da vida, evitando murmurar e, resignadas, esperam que os momento afligentes passem? Bem poucas, sabemos. E no entanto essas pessoas dizem ter fé em Deus; mas que é essa fé quando sobrevêm os instantes de turbulência? em que ela se torna se a esperança logo se desvanece? A vida na Terra não oferece apenas as alegrias com que o corpo se satisfaz, embora insaciável, porquanto a jornada planetária do espírito encarnado é marcada pela dor que burila, posto ser o homem um ser em tarefa de aperfeiçoamento e, por isso, necessitado dos testes que a vida de relação proporciona a todos, indistintamente.
No entanto, a maioria dos homens desconhece tais verdades, mesmo que elas se apresentem escancaradamente ao exame de quantos queiram se esclarecer. Assim, perdidos em meio à própria ignorância, eles padecem ante o aguilhão retificador e reagem contra ele: reclamam, queixam-se da dor que lacera-lhes a lama e sofrem atormentadamente. Impacientes, almejam o fim do processo purificar, mas esse fim está na aceitação consciente e consequente abandono em Deus.
Paciência!, clamam os céus pela voz dos abnegados instrutores espirituais que em nome do Cristo vêm orientar a Humanidade sofredora, com a finalidade de deixarmos o conforto das sombras densas que ainda nos sufocam e passarmos com urgência aos domínio benfazejo da luz. Paciência!, repetem, mostrando que o Divino Amigo espera século após século o nosso concurso para o apaziguamento das tormentas dolorosas que assolam a Terra e combalem o ser. Assim como a Divindade tem infinita paciência para conosco, seus filhos transviados do caminho da salvação. Paciência!, insistem, anunciando que a vida no mundo é um breve período de tempo convidando a todos para a tarefa do autoaprimoramento, afirmando que a dor é necessidade dos seres que faliram no passado mas que estão destinados à vitória no futuro promissor se bem souberem se portar no presente.
Paciência requer coragem,e sta virtude máscula capaz de afrontar os revezes da vida e proporcionar o sucesso almejado pelas almas determinadas. Se tudo passa com o tempo e se o tempo na matéria é breve, o que se haverá de lamentar senão o tempo que se perde na lamentação, na revolta ou na ociosidade indiferente? A tarefa é urgente, dizem-nos os amigos espirituais, acrescentando que esse trabalho não pode ser feito com pressa.
Tenhamos calma e e trabalhemos um dia de cada vez, a cada vez fazendo mais um pouco, colocando em nossa construção íntima um tijolo após outro, a fim de que o edifício representativo de nossa futura condição de homens de bem seja realmente sólido, sem possibilidade de desabar ante os vendavais tempestuosos da vida material. Portanto, calma, confiemos em Deus e caminhemos tranquilamente para a frente e para o alto, marchando junto com os companheiros de jornada evolutiva, com a certeza de que todos chegaremos ao objetivo comum.


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