Um roqueiro no Além - Raul Seixas se comunica?

Francisco Muniz
(publicado originalmente na revista Visão Espírita n.° 13 - Ano 2 - Abril.1999)



Aleister Crowler era um escritor e mago inglês que granjeou certa fama nos primeiros anos do século XX com seus livros de poemas bizarros e sobre magia. Excêntrico, denominava a si mesmo "A Grande Besta" do mundo oculto e fundou uma sociedade secreta dedicada ao que se chamava de "mágica sexual". Sua lua-de-mel, em 1903, foi passada na Câmara do Rei da grande pirâmide do Egito (Gizé). Ele próprio relatou que, ao chegar, com sua mulher, acendera uma vela e começara a ler um encantamento. De repente, uma pálida luz lilás iluminou o aposento, e Crowley continuou a ler, sem a vela. Em 1930, o mago fez uma visita ao escritor português Fernando Pessoa, em Lisboa, dirigindo-se depois à cidade de Cascais, onde "desapareceu misteriosamente" (truque que utilizava para aumentar o interesse sobre si mesmo).
Crowley era um dos ídolos do cantor baiano Raul Seixas, que o cita com om "viva!" na composição "Sociedade alternativa". No início da carreira artística (e durante quase toda a vida), Raul se envolveu com as chamadas ciências ocultas, juntamente com seu parceiro mais habitual, Paulo Coelho, hoje um escritor que faz sucesso com livros que exploram temas esotéricos. Essa "busca da Verdade" fez o cantor enveredar pelos estudos da Bíblia e outros livros sagrados das civilizações orientais, por exemplo, resultando em composições famosas da dupla Seixas-Coelho, como "Gita" e "Eu nasci há dez mil anos atrás".

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Em outubro de 1998, o médium, escritor e radialista Nelson Moraes publicou o livro Um Roqueiro no Além, ditado pelo Espírito Zílio. O livro, de apenas 104 páginas, retrata as primeiras sensações de Zílio ao retornar à Pátria Espiritual, desde o torpor pós-morte do corpo até o reconhecimento de espíritos amigos e o trabalho benemerente. Até aí, nada haveria de diferente de outras obras do gênero, a não ser por um detalhe: muitos dos que leram o volume, editado pela Speed Art Editora, de São Paulo, reconheceram no autor espiritual a figura do cantor e compositor Raul Seixas, desencarnado em agosto de 1989 - há quase dez anos, portanto. Um Roqueiro no Além vendeu todos os primeiros dez mil exemplares e já foi tirada uma segunda edição. A repercussão tem sido das melhores, diz o autor encarnado, revelando que a atriz Nicole Puzzi tenciona transformar a história de Zílio numa peça de teatro.
De acordo com o relato de Zílio, através de Nelson Moraes, esse Espírito se ressente - uma vez redescobrindo-se desencarnado e devidamente socorrido pelos amigos da Espiritualidade - do comportamento adotado no plano físico. Como o suposto Raul Seixas, Zílio teria desvirtuado sua programação reencarnatória e, mais grave, propiciado a corrupção de muitos jovens através da apologia à transgressão, ao consumo de drogas e ao descompromisso ("Faz o que tu queres, pois é tudo da lei", reza um trecho de Sociedade Alternativa). Seu trabalho na Espiritualidade, então, tem sido, segundo a narrativa do livro, uma tentativa de resgate desses erros, graças à orientação dos amigos reencontrados. "Quase a totalidade das pessoas que leram o referido livro identificaram na figura de Zílio o nosso saudoso Raul Seixas", informa Nelson Moraes, salientando o convite do jornalista Walther Pedro Alvarenga, da Folha Metropolitana (Grande São Paulo). Após identificar Raul como o verdadeiro autor do livro, esse jornal publicou uma reportagem de Alvarenga sobre a obra de Nelson Moraes. O médium conta que diariamente recebe dezenas de telefonemas de leitores que insistem em ter confirmada a identificação de Zílio com Raul Seixas.

Emoções

Nelson afirma que tem ainda recebido diversas manifestações de leitores que se impressionaram positivamente com o livro. Uma mulher, por exemplo, chorou ao telefone enquanto cumprimentava o médium, relatando seu contentamento em saber que Raul Seixas havia se reequilibrado e vai continuar mandando suas mensagens espirituais. Segundo Moraes, essa moça afirmara que passou a ser espírita a partir da leitura de Um Roqueiro no Além. Outro episódio que teria comovido o médium aconteceu numa oficina mecânica, em São Paulo. Nelson foi informado de que um homem, que levara um carro para conserto rápido, fora apresentado a um exemplar do livro, enquanto esperava os reparos. Como se trata de uma obra de fácil leitura, esse homem logo se entreteve e, convencido da importância do trabalho para a formação dos jovens, saiu da oficina decidido a comprar dez exemplares, que distribuiu entre adolescentes.
As mensagens de Zílio começaram a chegar a Nelson Moraes em março de 1998, primeiro como experimentações, que se efetivaram somente no mês de junho. As impressões da aproximação do Espírito, porém, já se faziam sentir desde dois anos antes, segundo o médium. "Quando recebi a informação do Espírito de que juntos deveríamos escrever um livro, eu o reconheci imediatamente, fato que deixou-me bastante preocupado, pois se tratava de alguém famoso", diz Nelson, revelando-se então temeroso, recordando o caso de Humberto de Campos e Chico Xavier. "Esse preocupação", completa, "acompanhou-me durante o período em que realizava o trabalho de psicografia até quando chegamos ao capítulo em que ele (Zílio) retorna à Colônia-Escola e ali foi recebido pelos espíritos amigos e tratado como Zílio, seu nome numa encarnação anterior. Foi quando minhas preocupações se acabaram. Senti que esse era o nome que deveria ser usado como autor do livro".

Esperança

"Nas ilusões da vida encontrei a morte! Na realidade da morte descobri a vida!", teria afirmado Zílio/Raul a Nelson Moraes, que estampou a frase na capa do livro. Em seu relato, Zílio, através de "Felipe", um dos amigos reencontrados no Além, fica sabendo ser um espírito bastante antigo, cuja história remonta á antiga Lemúria, onde, junto com aqueles que o recebiam na colônia espiritual e vários outros, realizava experimentos macabros de invocação de espíritos inferiores. Eis porque citamos, na abertura desta matéria, o ocultista Aleister Crowley.
"No meu entender, quando um espírito esclarecido se manifesta através da mediunidade para a elaboração de um livro, seu principal objetivo é trazer para o plano físico informações que possam ajudar àqueles que ainda estão a caminho", diz Nelson. O médium acrescenta que tais informes, sejam embasados em conhecimentos do espírito ou em experiências adquiridas, têm importância pelo conteúdo e não pelo nome que os subscreve. "De minha parte", esclarece, referindo-se a Um Roqueiro no Além, "devo respeitar a vontade do espírito autor do livro; entretanto, aqueles que o conheceram e eram seus fãs com certeza o identificarão".
Nelson diz esperar que a curiosidade não atrapalhe o leitor a ponto de se perder a essência da mensagem, "que visa principalmente a alertar os jovens com relação aos prejuízos causados pelo uso das drogas". Ele está certo, porém, de que "esse trabalho causará uma grande repercussão, despertando a curiosidade de pais e principalmente de jovens, contribuindo com o autor espiritual, cujo objetivo é advertir a juventude quanto aos males provocados pelos tóxicos e entorpecentes.

Livro pode ir ao teatro

Nelson Moraes está vinculado ao Espiritismo há 30 anos e edita a revista Fé Espírita, em São Paulo. Segundo ele, sua psicografia deslanchou após um encontro que teve com Divaldo Franco, que o aconselhou a dar publicidade a tudo que recebesse da Espiritualidade. Assim veio a público Autistas do Além, que já se encontra em segunda edição. O escritor também é autor de obras não-psicográficas nas quais aborda a moral cristã do ponto de vista dos princípios doutrinários do Espiritismo, como a infanto-juvenil Os talentos do Tonhão e do Luizinho, os contos de Pedaço de estrela, e Profecias - a verdade vinda do Cosmo.
A mais nova produção de Nelson, o romance intitulado Às margens do Evangelho, ainda no prelo, será lançado durante a Bienal do Livro de São Paulo. Também radialista, terapeuta e médium curador, Nelson conta ser possuidor de um magnetismo muito forte, razão pela qual os processos de cura que realiza têm ação imediata. Segundo ele, a própria atriz Nicole Puzzi, que planeja adaptar Um Roqueiro no Além para o teatro, é uma das beneficiárias de sua atividade mediúnica, desenvolvida nas dependências do Centro Espírita Família Cristã, na capital paulista.

Seria realmente Raul Seixas?

Na "Introdução ao estudo da Doutrina Espírita", em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec chama a atenção para o fato de que, muitas vezes, espíritos inferiores se apresentam com nomes conhecidos e respeitados, admitindo que o controle da verdadeira identidade do autor da mensagem é bem difícil de se realizar, embora seja possível atentar para certos indícios reveladores da personalidade. Um desses indícios é a linguagem, que geralmente corresponde perfeitamente às características do espírito quando encarnado. No caso do Espírito Zílio, manifestado através de Nelson Moraes, de acordo com o médium o próprio missivista tomou o cuidado de não se revelar como Raul Seixas, mas através das impressões deixadas, principalmente quanto à essência do que ditou, deixou transparecer essa personalidade.
O leitor cético, por certo, não dará qualquer crédito aos relatos contidos em Um Roqueiro no Além, mas aquele que duvida pelo menos ficará curioso e o pesquisador sério analisará todos os aspectos em questão. Na mesma "Introdução...", Kardec cita que "se, pois, a identidade do Espírito evocado pode ser, até certo ponto, estabelecida em alguns casos, não há razão para que ela não o possa ser em outros. E se para as pessoas de morte mais remota não temos os mesmos meios de controle, dispomos sempre daqueles que se referem à linguagem e ao caráter. Porque, seguramente, o Espírito de um homem de bem nunca falará como o de um perverso ou debochado". Mais adiante o Codificador, sempre ponderado, afirma: "O nome pelo qual (um espírito) se apresenta é indiferente, e nada mais é, frequentemente, do que um meio para a fixação de nossas ideias". O que importa, segundo o mestre lionês, é o caráter da mensagem - se o espírito comunicante diz coisas boas, certamente é um espírito bom e não importará que nome tenha.

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"Sou contra endeusarem Raul"

Esta entrevista com a a mãe do cantor e compositor baiano Raul Seixas, D. Maria Eugênia Seixas, foi realizada no final dos anos 1990 para a revista Visão Espírita, a propósito da repercussão alcançada pelo livro Um Roqueiro no Além, ditado ao médium psicógrafo Nelson Moraes, de São Paulo, pelo Espírito Zílio, identificado por muita gente com o autor de "Ouro de tolo".

Quando a Sra. leu o livro "Um roqueiro no Além", que sensação teve?
Eu gostei imensamente e achei que tinha ali, realmente, muita coisa característica do Raul, muita coisa que podia ser ele mesmo falando. O mais interessante é que muita coisa dita ali nunca tinha sido publicada. Eu recebi dois exemplares do livro: um, do fã-clube do Raul em São Paulo, e, o outro, do autor, Nelson Moraes, com uma dedicatória muito gentil. O do Nelson veio primeiro e o li com mita alegria. Quando chegou o segundo, eu reli a história.

Então a Sra. reconheceu Raul naquela história.
É como disse: muita coisa que está ali é muito característica dele, do Raul.

A Sra. tinha, antes, alguma noção de vida após a morte ou esse tipo de relato causou alguma surpresa?
Eu sou uma pessoa já idosa. Já tenho muita vivência, já ouvi falar muito sobre essas coisas. Não condeno ninguém. Acho que não há o que falar. Ao meu ver, o que vale é a fé naquilo que você acredita e professa. Senão, o que seria dos japoneses e chineses, que acreditam em Buda e COnfúcio? Ia tudo para o inferno...

E quanto à história do livro, ao fato de Raul já estar adaptado? Como recebeu isso?
Adaptado a quê?

À nova realidade.
À realidade em que ele está hoje. Acredito. Às vezes, fico pensando comigo: será que essas manifestações todas que fazem para Raulzito não o perturbam, ele que está lá, quieto, sossegado, na outra vida? O pessoal fica a fazer essa euforia toda, fazendo dele um deus... eu sou contra isso. Mas não posso falar, não posso divulgar isso em revistas comuns, dizer às pessoas que endeusam Raul que eu sou contra isso. Acho que tais manifestações têm muito de exagero, capaz de perturbar o pobre do espírito que está lá, coitado, sossegado, que deve ter, pelo tempo, já deve ter pago os pecados cometidos aqui.

A Sra. se recorda, na história do livro, da perturbação de que diz ter sofrido após o desenlace?
É lógico! Ele foi um pecador como todos nós e talvez um pouquinho mais. Não sei se devemos dizer assim... Ele saiu um pouco das normas de nossa sociedade atual. Ele ultrapassou, fez coisas erradas, na nossa concepção, mas, para um artista... Eu penso que um artista tem o espírito, a alma muito sensível, à flor da pele. Qualquer coisa, para ele, é mais do que para nós. Você vê na história dos compositores clássicos - Strauss, Schubert, Chopin, essa cambada velha, antiga -, todos eles tiveram problemas com a sociedade, com reis, impérios... foram presos... há tanta história sobre eles... Com Raul foi a mesma coisa. É tudo a mesma coisa. Eu, uma vez, falei com ele sobre isso e disse assim: por que você está parado aí, olhando aquela cadeira? Ele disse: "Não, estou estudando como é aquele pé". Uma bobagem, né? Para  nós, uma bobagem; para ele, é muita coisa. Ele era um artista, nsceu com esse dom e nisso eu creio. Porque o acompanhei desde menino, desde quando ele começou a se entender como gente. Com seus sete, oito anos, ele gastava inúmeros cadernos fazendo histórias e, sabido como era, vendia ao irmão mais novo.

O Raul tinha uma inclinação muito forte para as coisas ocultas. A Sra. percebia isso nele?
Ele dizia muitas vezes... ele falava muito assim: cada um de nós tem um deus em seu coração, que cada um pensasse da forma como quisesse - tudo valia. Não tem aquela música que ele fez, que diz que vale tudo? (Ela se refere à composição "Sociedade alternativa", feita por Raul em parceria com Paulo Coelho.)

Como a Sra. vê as manifestações espirituais?
Acredito, elas existem, realmente, têm que existir, porque a própria religião católica é, de certa forma, espírita, porque Deus é espírito. Os santos - por que acreditam nos santos? As almas que andaram aqui no mundo, que fizeram algum benefícios... todos eles são espíritos.

Então, para a Sra. não é nenhuma fantasia o relato do livro.
Não, não... eu já tenho muita vivência. Setenta e oito anos são um caminho comprido.

Raul está completando agora 10 anos de desencarnado. Alguma vez a Sra. sentiu a "presença" dele aqui [a entrevista foi realizada na casa de D. Maria Eugênia, em Salvador]?
Sempre, mas no sonho. Eu sonho muito com ele e são sonhos muito nítidos, muito perfeitos: com Raul, com meu marido, também chamado Raul (igualmente desencarnado), minha mãe... eu só posso sonhar com gente do passado, né?

Como são esses sonhos com Raul?
Agradáveis. Em geral, eu sonho com eles lá em nossa chácara (na cidade de Dias D´Ávila), onde Raul gostava muito de ir. Quando ele vinha a Salvador e queria fugir do assédio da mídia, pedia logo para ir para a chácara. Os sonhos, então, são diversos, diferentes, mas muito nítidos.

A Sra. já sabe que Nelson Moraes está recebendo novas mensagens do Raul/Zílio? Qual sua expectativa quanto a elas?
Nelson me falou qualquer coisa a esse respeito. Espero que sejam mensagens agradáveis. Ele, Nelson, falou que o Raul disse, no livro, que eu ia ficar doente, qualquer coisa assim. E, realmente, agora, de dois anos pra cá, estou diabética e tive uma isquemia cardíaca. Por isso não viajo mais, para não me arriscar fora da Bahia.

Espera reencontrar Raul um dia?
Gostaria, e são só a ele, mas a meu marido, minha mãe, meu pessoal todo, todos os meus entes queridos.

Comentários

  1. Após o iluminado privilégio de termos entre nós o magnífico Chico Xavier, fica difícil acreditar em outras obras psicografadas. Há muitos oportunistas neste país de corruptos que, aliás, terão de se corrigir obrigatoriamente no caminho em direção ao infinito que se abre após a desencarnação. Entretanto, enquanto começo a ler este livro mencionado na matéria, percebo muitas verdades da realidde espiritual que desde Allan Kardec são divulgadas. O exemplo do tema do livro é sublime e deve ser de fato verdadeira a psicografia. Nestes tempos em que acertas "religiões" rcobram e vendem espaços no céu, ter a benção do espiritismo é sempre reconfortante e um sinal de esperança e luz.

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  2. como se o espiritismo nao fosse charlatanismo também, né, vendendo livro espírita ditado por raulzito kkkkkk

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  3. Muito interessante a palavra "também" no comentário do segundo "Anônimo", como a indicar que várias outras, senão todas, as expressões do pensamento humano acerca da realidade espiritual (e nisso são abarcadas as religiões e filosofias que se ocupam do tema) fossem charlatanismo. Como é perigoso falar sem raciocinar, não?

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  4. Terminei hoje a leitura do livro "Um roqueiro no além", e afirmo que trata-se mesmo do espírito de Raul Seixas. O "jeitão" de falar, as alusões à suas músicas, tudo isso revela de quem se trata. E é bom saber que ele encontrou um caminho de luz, depois de uma vida tão desregulada aqui na Terra. Amor e Luz!

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  5. É o Rauzito mesmo.....só ler que terá certeza ( eu já li a anos a traz) e o sr. Nelson Moraes que conheço pessoalmente é pessoa idônea e que cumpri sua missão com dignidade na Terra.

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    1. Pois é, planoD Seguros, a idoneidade do médium é um belo atestado de autenticidade da mensagem espiritual, mas não inviabiliza a pesquisa por parte do leitor. Por essas e outras é que dizemos: é bom ter dúvida, mas não é bom duvidar...

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  6. Pelo tamanho das besteiras escritas acerca de Aleister Crowley nessa matéria, tais como: "Crowley era um dos ídolos do cantor baiano Raul Seixas" e "Excêntrico, denominava a si mesmo "A Grande Besta" do mundo oculto e fundou uma sociedade secreta dedicada ao que se chamava de 'mágica sexual'.", por exemplo, já dá para se ter uma noção de que falta seriedade no assunto e que quem escreveu esta matéria pouco (ou nada) sabe sobre Raul Seixas. O livro, posso afirmar, trata-se de obra de charlatanismo.

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    1. Mas uma opinião apócrifa e desairosa mereceria maior credibilidade, hem?

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    2. Realmente companheiro. Sou grande fã do Raul e estudei bastante sobre ele e sua ligação com o ocultismo. O espírito Zílio nada tem a ver com o verdadeiro Raul. Raul tinha grande conhecimento espiritual (apesar de ter usado drogas) e o livro não retrata de forma alguma isso. Não sei se esse Nelson Moraes é charlatão ou se ele foi zuado por algum espírito qualquer

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    3. A respeito da realidade dos espíritos e sua manifestação no plano material, é sensato, sempre, manter alguma prudência, como bem aconselha Allan Kardec, levando-nos a considerar que é bom ter dúvida, mas não é bom duvidar...

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  7. Não conheço a Obra! Contudo, qual o valor da opinião de uma pessoa que nem ao menos se identifica? É especialista em Raul? Mesmo que não se trate de Raul Seixas, o que vale é a mensagem transmitida.

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    1. O título da matéria contém uma interrogação, representando que a dúvida no caso de manifestações de espíritos de personalidades conhecidas do grande público, assim como Raul Seixas, é pertinente, para fazer com que os leitores, examinando os fatos (o livro, o autor e a reportagem sobre eles), tirem as próprias conclusões. Ninguém é obrigado a aceitar nenhuma informação e no que se refere ao Espiritismo, nada é imposto. Assim, usemos o discernimento, prerrogativa da razão livre de pré julgamentos, e façamos o exame das coisas.

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  8. Li um livro nessa linha,que só pode ser o Cazuza.Eu prefiro acreditar na magia do universo,charlatanice é outra coisa.

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  9. A mensagem do livro é maravilhosa, mas se o espírito Zilio, foi Raul Seixas nesta ultima encarnação, levou bem poucas características de estilo de linguagem usadas por ele em vida.
    Talvez a figura de Raul seja uma boa referencia para influenciar positivamente os jovens a não se viciarem. Mas quanto a identidade do espirito, realmente não lembra nem de longe o jeito despojado e ao mesmo tempo profundo e inteligente do Raul.

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    1. É aí que se encontra tanto a estranheza quanto a beleza dos informes referentes ao mundo dos Espíritos, na diferença de linguagem que nos faz duvidar da identidade do missivista. É natural que assim seja, no entanto, pois no plano espiritual, embora se mantenha a individualidade, os interesses dos Espíritos de mediana elevação para cima muda quase que completamente. Dizem que o Espírito André Luiz foi o médico Carlos Chagas, mas certamente quem conheceu este cientista não o vê nas páginas de Nosso Lar. O mesmo se dá com Camilo Castelo Branco na narrativa de Memórias de um Suicida. Mas se passa exatamente o contrário com os poetas de Parnaso de Além Túmulo, por Chico Xavier, por conta do propósito precípuo desse livro, no qual o estilo e a linguagem são facilmente reconhecíveis, justamente para validar a informação espírita. Estudar esse assunto, com base em O Livro dos Médiuns, comparando com a colaboração de Yvonne Pereira e Hermínio Miranda, dentre outros, é sempre gratificante.

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  10. Eu fiquei feliz com a re-conversão de Nicole Puzzi.Ela sempre acreditou nesse tipo de fenômeno,mas com o tempo começou a negar ou rejeitar,sei lá.Precisamos trazer a Matilde Mastrangi de volta também.

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  11. Aguardemos, Ademar. Só nos resta aguardar os acontecimentos.

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  12. Preciso ler o livro. Não sei bem por onde começar, mas tive contato com o Espiritismo desde criança, e depois de passar por diversos outros caminhos, inclusive ordens iniciáticas, acabei me reencontrando no Espiritismo, em 2016. Com ele, tenho melhorado da depressão crônica que tenho, por um bom tempo nesta encarnação. Em 1997, fiz terapia de vidas passadas e redescobri uma pessoa importantíssima para a Espiritualidade em geral, minha mãe da encarnação anterior. Ela foi uma heroína, pois foi mãe solteira na Inglaterra Vitoriana, e eu era seu filho, fruto de um relacionamento tido como "ilegítimo" então. Longas histórias, que junto com a Espiritualidade, mesmo com erros cometidos por mim, e por outros humanos, fazem parte do Plano de Deus para implantar o Seu Reino na Terra. Em outra oportunidade, escreverei mais.

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    1. Essas experiências são realmente muito significativas, por esclarecedoras e assaz consoladoras.

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  13. Quero me manter como anônimo, por questões pessoas, não para ofender as pessoas e me ocultar. Ressalto dois pontos importantes, no "Faze o que tu Queres, há de ser o Todo da Lei", o primeiro não é "faze o que te der na telha", mas "cumprir a vontade de Deus que habita em nós" e o segundo, brilhantemente apontado pelo músico de Rock baiano Marcelo Nova (que se afirma ateu), o qual apoiou muito Raul Seixas, de que tem que se atentar para a "Lei", ou seja, tudo o que fizermos, pagaremos um preço, pela Lei de Deus. Praticar e seguir Ocultismo e Magia não é bagunça, é muito sério, pois quem conhece a Lei da Ação e Reação, sabe que tudo o que fizermos aos outros retornará para nós, duplicado, triplicado, multiplicado por muitas vezes, dependendo do caso. Muita Paz e Luz de Deus a todos!

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    1. Você tem razão. Por isso é que o Cristo nos recomendou, há mais de dois mil anos, reconciliarmo-nos depressa com nossos adversários, cumprindo a Lei de Amor, Justiça e Caridade, até pagarmos o "ultimo ceitil".

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  14. Muito interessante este relato!!!🙏❤️

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    1. Sim. Como disse Shakespeare, "há muito muito mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia"!

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