Análise de filme (XI) - A educação de Árvore Pequena

Francisco Muniz
(publicado originalmente na revista Visão Espírita n.° 15 - Ano II - 1999)

Um menino mestiço órfão vai viver, em meados dos anos 30 do século XX, com os avós, que se incumbem de lhe dar educação baseada nos costumes indígenas dos Cherokees. À beleza da paisagem do noroeste dos Estados Unidos soma-se a dos conceitos educativos, lastreados na observação da Natureza e na elevação dos sentimentos humanos. Mais que tudo, vê-se o quanto os povos considerados primitivos, como os indígenas, ainda são possuidores de um conhecimento universal, segundo o qual o espírito está integrado a tudo que existe e não pode ferir nem mesmo um galho de árvore porque sofrerá as consequências de seus atos.
O Espiritismo nos esclarece essas questões, mostrando que somos parte importante na obra da Criação, com a responsabilidade, como co-criadores, de ajudar na manutenção e desenvolvimento dessa obra. Há um trecho, no filme, em que o menino, cujo nome é Árvore Pequena, é tirado de seus avós e mandado para uma escola do governo, administrada segundo os critérios da "civilização". Lá, ele perde seu nome índio e impõem-lhe outro, mas o tratamento recebido é tão contrário à educação que os avós lhe proporcionaram que o menino se vale do "correio das estrelas" e o avô vai buscá-lo de volta.
Essa passagem metaforiza o esquecimento que o espírito experimenta de suas vidas passadas e, reencarnado, tem que se esforçar para recuperar o contato com sua essência, recordando e fazendo prevalecer sua herança divina...

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