Análise de filme (VII) - Ghost, do outro lado da vida

Francisco Muniz
(publicado originalmente na revista Visão Espírita n.° 11 - Ano I, de fevereiro de 1999)

Esse filme, pelo sucesso que obteve há alguns anos, talvez seja a obra jamais produzida em Hollywood que melhor reflete os conceitos divulgados pela Doutrina dos Espíritos. A imortalidade da alma, a perturbação pós-morte, o amor que sobrevive ao túmulo, a afinidade espiritual, a mediunidade, os efeitos físicos... esses e tantos outros aspectos concernentes ao Espiritismo foram retratados quase que com total clareza. Dir-se-ia que seus autores, principalmente o roteirista, leram e compreenderam a obra de Allan Kardec e outros escritores espíritas, seguindo fielmente seus ensinamentos a ponto de realizarem uma obra-prima do cinema espiritualista.
É claro, alguns pontos ficam obscuros na trama, com o o fato de os espíritos conseguirem produzir efeitos físicos apenas pelo poder da vontade. O estudioso da Doutrina sabe que eles utilizam, até mesmo inconscientemente, o fluido animalizado para realizar tal façanha. Mas o filme será sempre uma referência para os interessados no Espiritismo, por ilustrar, em termos, o que acontece após a passagem deste plano para o mundo espiritual.

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