Guardar-se da avareza

Ser rico para Deus... só o é, de fato, quem apresenta o coração puro dos valores terrenos, preenchido contudo das alegrias celestiais representadas pelo cultivo das virtudes. O homem tem fome de Deus e sem ele está incompleto. Seu orgulho, porém, faz com que caminhe em sentido contrário, buscando nos prazeres mundanos o que se lhe falte, sem jamais bastar-se. Aquele, porém, que busca a Deus e nele se satisfaz encontra plenitude e, como disse o Cristo, não mais terá sede ou fome.
Guardar-se da avareza, assim, é recorrer ao amparo de Deus, procurando compreender que os bens do mundo são recursos para a elevação dos espíritos, que têm o dever de dividir o que tem com os necessitados, a fim de multiplicar em si os bens imperecíveis. O saber do homem é bem limitado e não abarca, por isso, todas as dimensões da vida, razão pela qual o avarento opera contrariamente à vontade de Deus, que quer que seus bens cheguem a todos indistintamente, na medida em que cada um possa recebê-los. Eis porque há fiéis administradores e os que açambarcam os recursos egoisticamente. Precavei-vos, pois!

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