Cidade dos Anjos - análise espírita

Os anjos desse filme não têm asas, mas são amigos das alturas e vivem sobre edifícios, antenas de TV, sinais de trânsito e demais geringonças que se elevem do chão. Pouco têm do romantismo que costumamos emprestar a essas figuras do imaginário religioso. O fato de se vestirem de negro é um choque, mas somente na literatura teológica e esotérica eles são mostrados de forma, digamos, barroca. Porém, mais do que em outros filmes sobre anjos, esta fita guarda mais semelhanças com a Doutrina Espírita, até mesmo no tocante à "música" que ouvem ao nascer e ao por do sol. Léon Denis, no livro "O grande enigma", salienta que se mesmo nossos ouvidos físicos fossem bem treinados, seríamos capazes de ouvir o som harmonioso do movimento dos astros. Ora, diriam os sábios, o som não se propaga no vácuo e o espaço é puro vácuo: de onde viria esse som, então? Ora, diremos nós, aqueles que se entregam à sabedoria das leis divinas, com total abnegação, recebe da Divindade, que é a própria Vida, todas as manifestações d que se veja merecedor. Os anjos, estamos certos, são dessas criaturas que, por estarem mais perto do Criador, podem perceber mais intimamente uma parcela maior de Seu incomensurável amor.

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