Carlos Bernardo Loureiro, grande pesquisador do Espiritismo na Bahia


Filho de Antônio Loureiro de Souza e Elza Cajazeira Loureiro de Souza, Carlos Bernardo Loureiro de Souza era figura das mais conhecidas no meio espírita, principalmente por sua dedicação à pesquisa da fenomenologia espírita. Aprofundou ainda mais os seus estudos no campo a partir de 1986, no Círculo de Pesquisas Ambroise Parré, em Salvador, cidade onde nasceu em 16 de abril de 1942.
Publicou, por diferentes editoras, mais de 15 obras, dentre as quais: "Das profecias à premonição", "Dos raps à comunicação instrumental", "Espiritismo & magnetismo - de Paracelso à psicotrônica", "Obsessão e seus mistérios", "Perispírito - natureza, funções e propriedades", "As mulheres médiuns" e "Visão espírita do sono e dos sonhos".
Teve artigos publicados em jornais espíritas do Brasil e do exterior, mas uma de suas mais conhecidas contribuições à divulgação do Espiritismo está materializada no Teatro Espírita Leopoldo Machado (www.telma.org.br), o primeiro centro/teatro espírita do Brasil, sediado naquela capital e com capacidade para 700 pessoas, onde, além de peças teatrais, são realizadas palestras doutrinárias.
Possuía um currículo profissional extenso. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, em 1973 participou da elaboração, em Brasília, do Código de Direito do Trabalho, sob a responsabilidade da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados.
Exerceu por longo tempo a advocacia e ocupou o cargo de assessor jurídico da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), onde trabalhou por 32 anos. Também lecionou Ética na Escola Superior de Advocacia da OAB/BA.
Na década de 70 passou a se dedicar ao jornalismo espírita, onde fundou periódicos como: Impacto, O Samaritano, Gazeta Espírita e Dimensões. Foi articulista, também, de diversos jornais espíritas do Brasil e Exterior.
Intelectual dos mais notáveis e representativos no meio espírita, dedicou mais de 40 anos às pesquisas, ao estudo incessante e a divulgação, preocupando-se em manter a Pureza Doutrinária do Espiritismo, tendo muitas vezes travado memoráveis polêmicas com detratores da Doutrina; sempre com veracidade e argumentações claras.
Procurou combater as interpretações e traduções deturpadas das obras de Kardec, inclusive aquelas que surgiram no seio do Movimento Espírita Brasileiro, sempre enfatizando a importância de estudar também as obras complementares de acurado conteúdo científico e filosófico do Espiritismo; especialmente as de Ernesto Bozzano, Gustavo Geley, Gabriel Delanne, Alexander Aksakof, Camille Flammarion e outros eminentes pesquisadores.
Idealizou e apresentou programas como: Conversando Sobre Espiritismo (veiculado na Rádio Clube AM, na década de 80) e Encontro com a Cultura Espírita (sendo este programa a sua última tribuna), exibido aos sábados pela TV Aratu (canal 4), alcançando sempre altos índices de audiência.
Dedicou 40 anos às pesquisas sobre a Obsessão e os trâmites do tratamento moral da desobsessão, tendo buscado ensinamentos com grandes espíritas como Aurelino Mota de Carvalho, Abel Mendonça e Josué Arapiraca, desenvolvendo a partir daí um método diferenciado no tratamento.
Incansável pesquisador da fenomenologia espírita, aprofundou os seus estudos de campo a partir de 1986, no Círculo de Pesquisas Ambroise Parré (Espírito que coordenou os seus trabalhos de pesquisa), quando conseguiu obter a materialização plena de espíritos e tantos outros fenômenos. Trabalhou com vários médiuns, entre os quais José Alberto Medrado, com o qual obteve a materialização do Espírito “Noiva”, na década de 80.
Publicou por diferentes editoras mais de 23 obras, enriquecendo o acervo bibliográfico e dando sua contribuição à Doutrina Espírita.
Possui, também, diversas monografias e artigos publicados (dando aos temas profundidade e sempre apoiado em bases doutrinárias fortes), que estão disponíveis no site (http://telmaorg.spaceblog.com.br/) ou na Livraria Espírita Alfredo Miguel.
Era divorciado de Lúcia Maria Farias, com quem teve dois filhos - Sandra Maria e Marcelo Adriano Farias Loureiro de Souza -, e ao desencarnar tinha como companheira Lívia Maria Borges de Almeida.
Carlos Bernardo Loureiro desencarnou no dia 10 de agosto de 2006, vítima de hepatite. O sepultamento do seu corpo ocorreu no dia 11, no Cemitério Jardim da Saudade, bairro de Brotas, em Salvador.

(Recolhido do site http://www.autoresespiritasclassicos.com)

Comentários