O repórter Manoel Philomeno

Manoel Philomeno de Miranda era um cético em relação ao Espiritismo até 1914, quando o médium Saturnino Favila o curou de grave enfermidade, na cidade de Alagoinhas. Convertido à Doutrina dos Espíritos, teve oportunidade de conhecer José Petitinga, em Salvador, e começou a frequentar as sessões da União Espírita Bahiana, fundada em 1915. Na entidade máxima dos espíritas da Bahia de então, Philomeno exerceu diversos cargos até ser eleito presidente pela Assembleia Geral, em virtude da desencarnação de Petitinga.
Na União, suas atividades doutrinárias foram direcionadas para as questões da obsessão e desobsessão, tarefa a que se dedicou no Além, após sua partida do mundo material. Utilizando a mediunidade psicográfica de Divaldo Franco, Philomeno tem se dedicado a orientar os lidadores da terapêutica espiritual quanto aos processos obsessivos.
Através de verdadeiras reportagens sobre a ação que os espíritos ainda ignorantes do Bem exercem sobre os encarnados, mercê da invigilância destes, o Instrutor Amigo vem fornecendo vasto material d exame em obras detentoras de qualidade literária e profundidade doutrinária.
Tal produção faz dele uma espécie de sucessor do Espírito André Luiz, que durante muitos anos e apresentou, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, como um autêntico repórter do Além.
Segundo Philomeno, "auto-obsessões, obsessões, subjugações são capítulos que merecem da Paologia Médica estudo simultâneo, á base dos postulados do Espiritismo", conforme expressa na introdução do livro "Tramas do destino" (FEB, 1987).
Philomeno recomenda, então, que "ao lado das terapêuticas valiosas, ora aplicadas nos obsessos de vário porte, impõem-se os recursos valiosos e salutares da fluidoterapia e das expressivas contribuições doutrinárias da Terceira Revelação, que traz de volta os insuperáveis métodos evangélico de que se fez expoente máximo Jesus, o Divino Médico de todos nós".
Baiano do município de Conde, Manoel Philomeno de Miranda nasceu aos quatorze dias do mês de novembro de 1876, no distrito de Jangada, sendo seus pais Manoel Batista de Miranda e Umbelina Maria da Conceição.
Sua inestimável contribuição aos estudos da mediunidade e distúrbios espirituais o elevaram à condição de patrono do projeto que leva seu nome criado no Centro Espírita Caminho da Redenção, de Salvador, cujas atividades são chanceladas pela Federação Espírita do Estado da Bahia e reconhecidas no Brasil inteiro através de seminários.

Comentários