Espíritos do Evangelho (40)

As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de O Evangelho Segundo o Espiritismo são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. 



40. Guia Protetor (Sens, 1862)

Eis outro exemplo de um Espírito cuja identidade não pode ser devassada, permitindo, contudo, traçarmos mais algumas linhas a respeito de sua condição e atuação em nosso plano, conforme as ponderações de Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, a partir do Cap. VI, onde o Codificador discorre acerca dos Anjos da Guarda, Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos (questões 489 e seguintes). Aqui destacamos o teor das questões 504 a 508, mais pertinentes à identificação desses amigos espirituais:

504. Podemos sempre saber o nome do nosso Espírito protetor ou anjo da guarda?
— Como quereis saber nomes que não existem para vós? Acreditais, então, que só existem os Espíritos que conheceis?

504 – a) Como então o invocar, se não o conhecemos?
— Dai-lhe o nome que quiserdes, o de um Espírito superior pelo qual tendes simpatia e veneração; vosso protetor atenderá a esse apelo, porque todos os bons Espíritos são irmãos e se assistem mutuamente.

505. Os Espíritos protetores que tomam nomes comuns são sempre os de pessoas que tiveram esses nomes?
— Não, mas Espíritos que lhes são simpáticos e que, muitas vezes, vêm por sua ordem. Necessitais de um nome: então, eles tomam um que vos inspire confiança. Quando não podeis cumprir pessoalmente uma missão, enviais alguém de vossa confiança que age em vosso nome.

506. Quando estivermos na vida espírita reconheceremos nosso Espírito protetor?
— Sim, pois freqüentemente o conhecestes antes da vossa encarnação.

507. Os Espíritos protetores pertencem todos à classe dos Espíritos superiores? Podem ser encontrados entre os da classe média? Um pai, por exemplo, pode tornar-se Espírito protetor de seu filho?
— Pode, mas a proteção supõe um certo grau de elevação, e um poder e uma virtude a mais, concedidos por Deus. O pai que protege o filho pode ser assistido por um Espírito mais elevado.

508. Os Espíritos que deixaram a Terra em boas condições podem sempre proteger os que os amaram e lhes sobreviveram?
— Seu poder é mais ou menos restrito; a posição em que se encontram não lhes permite inteira liberdade de ação.

(Fonte: O Livro dos Espíritos)

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