Galeria da mediunidade - 31

Francisco Muniz - 


FERNANDO DE BULHÕES

Na Idade Média, os médiuns ou adquiriam um status de santidade, caso recebessem o beneplácito da Igreja, ou incorriam na condenação sumária, pela pecha de feiticeiros, merecendo, muitos deles a condenação às fogueiras da implacável Santa Inquisição. O português Fernando de Bulhões está no primeiro caso e hoje é reverenciado pelos cristãos de várias partes do mundo como Antônio de Pádua, o santo católico tido como casamenteiro. Essa fama, porém, desmerece e apequena a importância desse destacado integrante da Ordem dos Frades Menores criada pelo religioso Francisco Bernadone, o "poverello" de Assis. Isso porque Antonio foi detentor de consideráveis dotes mediúnicos que o faziam capaz de levitar, transfigurar-se e, principalmente, apresentar-se em pelo menos dois lugares diferentes ao mesmo tempo, o que revela o dom da ubiquidade. Sobre ele e a respeito dessa última condição conta-se que certa vez, dando aula na Universidade de Pádua, na Itália, ele fora visto num tribunal de Lisboa, a capital portuguesa, para testemunhar em favor de seu pai que ali era julgado. Em circunstância semelhante, Antonio desenvolvia sua atividades docentes e na mesmíssima ocasião encontrava-se, segundo testemunhas, participando do coro de uma igreja distante dali, embora na mesma cidade. Os fenômenos anímicos e mediúnicos, conforme asseverou Allan Kardec no século XIX, são de todos os tempos e devem ser analisados sob critérios racionais, científicos, a fim de se libertarem das peias dos dogmas e dos preconceitos. 

Comentários

  1. Gente, quem poderia imaginar?

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    1. A hagiografia (a história dos santos) é perpassada por insuspeitados fatos mediúnicos, observados até mesmo no Velho Testamento.

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  2. joselitamagalhaes@gmail.com23 de dezembro de 2022 às 01:15

    O conhecimento acende uma luz na madrugada da noite sombria. Gratidão sempre por sua dedicação Pequeno Príncipe ❤️

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