(Por Pedro Camilo)
Foi poeta festejado em seu tempo, mesmo em terras brasileiras. Castro Alves chegou a traduzi-lo e, por certo, nele se inspirou para suas aventuras poéticas.
Abaixo, apresento um dos últimos escritos dele, já no ano de seu decesso, 1857, em tradução minha, livre.
ÚLTIMOS VERSOS
A hora de morrer, depois de tantos meses
Por todos os lados soa em meus ouvidos
Depois de tantos meses pelo tempo combalido
É tudo o que sinto, é tudo o que vejo
Quanto mais luto contra minha desdita
Mais se aviva em mim o instinto do sofrer
E quando desejo pisar o chão, correr
Sinto parar no peito um coração que se agita
A coragem de lutar já se desgasta, se esvai
Então, tudo em meu descanso é combate
E como um corcel quebrado, meu corpo se debate,
Minha coragem cambaleia e cai.
(1857)
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