tag:blogger.com,1999:blog-63453449604405357302024-03-18T16:13:31.635-07:00Alma Espírita"Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber..."Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.comBlogger1541125tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-85580146225356419532024-03-18T06:16:00.000-07:002024-03-18T16:13:01.197-07:00Espíritos do Evangelho (30)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgESXywHpuL8-yeqWZecmRapjX-Xz2II4la5QVViGBzKM1Xw17nXPO82BjPqqWwycCCLqtBOPkDNQlWVRyzOUl_JkMYKPOyVXFZlt_32TueQGJpYNSe-fZ2mXTqsXQCauQdbO_OPTIwS7GDJTB4BLjG7Bbto0jiFEbHxcmbxdW147FmY5qsD2s3ossJqLc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="278" data-original-width="495" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgESXywHpuL8-yeqWZecmRapjX-Xz2II4la5QVViGBzKM1Xw17nXPO82BjPqqWwycCCLqtBOPkDNQlWVRyzOUl_JkMYKPOyVXFZlt_32TueQGJpYNSe-fZ2mXTqsXQCauQdbO_OPTIwS7GDJTB4BLjG7Bbto0jiFEbHxcmbxdW147FmY5qsD2s3ossJqLc" width="320" /></a></div><br /><br /></b></div><p></p><p><b>30.</b><b>Elisabeth de França</b> (Havre, 1862)</p><p>Uma das páginas mais comoventes de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b>, de Allan Kardec, está no capítulo XI, item 14 e intitula-se “Caridade para com os criminosos”, ditada em 1862, na cidade de Havre, pelo Espírito Isabel de França.<br /><br />Diz-nos, textualmente, a benfeitora espiritual: “Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós”. O argumento apresentado é simplesmente incontestável, ou seja, “eles não conhecem Deus como o conheceis”. Entretanto, sempre me perguntei porque tamanha bondade e misericórdia com os criminosos. Que alma é esta que se comove com tanta intensidade por aqueles que espalham a desgraça e a infelicidade às famílias marcando para sempre a vida daqueles que contrariam frontalmente o maior ensinamento do Cristo que é o “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”? É muito difícil oferecer o perdão, mas este também é um ensinamento do Cristo.<br /><br />Quem foi esta princesa da França no século XIX que depositou essas pérolas de bondade nas doces páginas do Evangelho?<br /><br />Isabel ou Elisabeth de França era irmã do rei Luís XVI (nasceu em 1754), deposto pela Revolução de 1789, condenado à morte e guilhotinado. Casado desde 16 de maio de 1770 com Maria Antonieta, Luís foi coroado em 1774, com o país corroído pela miséria e o descontentamento. Chegou a diminuir os impostos e fundar instituições de auxílio, mas as crises econômicas foram se sucedendo, e a nobreza indiferente promovia grandes festas em Versalhes. A situação foi se agravando e pouco depois a Queda da Bastilha pune as imprudências da corte e o rei, condenado à morte aos 16 de janeiro de 1793, é guilhotinado 5 dias depois na Praça da Revolução. O mesmo aconteceu com toda a família real.<br /><br />Em 1764 nasceu Isabel, um nobre espírito. Órfã aos 3 anos de idade, recebeu boa educação. Viveu em Versalhes onde cumpria seus deveres de princesa. Entretanto, vivia longe das frivolidades e distrações da corte real. Dedicava seu tempo às obras de caridade. Muito dedicada ao irmão poderia ter se casado, porém preferia estar junto aos menos afortunados. Distribuía mantimentos e ajudava os camponeses. Depois da condenação à morte de seu irmão e da cunhada Maria Antonieta, Isabel passou a cuidar da sobrinha que mais tarde foi conduzida à prisão. E, a bondosa princesa, que vivia longe da política, mesmo sem ter cometido nenhum crime foi condenada à morte pelo tribunal revolucionário.<br /><br />Conta-se que, no momento da execução, um estranho silêncio tomou conta de toda a praça. Não se ouviu um só ruído, nem um “viva a república”, nada... O capitão que deveria dar o sinal para o rufar de tambores caiu desfalecido. A multidão permanecia em silêncio e após a execução um perfume de rosas se espalhou por toda a praça.<br /><br />Em 1862 a ex-princesa registra a necessidade de termos caridade com os criminosos, que são criaturas de Deus. E, para culminar, nos convoca a praticarmos a maior das caridades; a prece em favor dos criminosos.<br /><br />“Estão próximos os tempos em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamentos. Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações. (...) o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade.<br /><br />Caros leitores, nesses dias tão desafiadores, quando somos convidados a viver como cristãos, deixo para nossa reflexão o ensinamento da ex-princesa de França, Isabel: olharmos o criminoso como nosso próximo e orarmos por ele, pois somos todos criaturas de Deus e eles não conhecem Deus como nós!<br /><br />Muita paz!</p><p>Ângela Delou<br /><br />(Fonte: correioespirita.org.br)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-56141851234333720412024-03-17T03:07:00.000-07:002024-03-18T04:14:09.893-07:00Espíritos do Evangelho (29)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhxFtk3lemRKRk2E8NIna0lLKnBDeAUJEmMTY9vjnSmcCu2xXwKCsDwt7fE1zu1PfdHtxlG1EOwYGRomnUGgOr9F2rFb9uuRYlCWDv88179ttu9rjpCquho_lu5t-BQn0306LsU60Ql7pu29UcoQ0ttMkF2XqWZIi_Mzf8qGYQIIRS8k6ADcyk5Huox_iE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="236" data-original-width="177" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhxFtk3lemRKRk2E8NIna0lLKnBDeAUJEmMTY9vjnSmcCu2xXwKCsDwt7fE1zu1PfdHtxlG1EOwYGRomnUGgOr9F2rFb9uuRYlCWDv88179ttu9rjpCquho_lu5t-BQn0306LsU60Ql7pu29UcoQ0ttMkF2XqWZIi_Mzf8qGYQIIRS8k6ADcyk5Huox_iE" width="180" /></a></div><br /><br /></div><p></p><p><b>29. Pascal </b>(Sens, 1862; Genebra, 1860)<br /><br />Certo dia, um menino de 10 anos bateu com uma colher num prato e escutou atentamente o som, que continuou a vibrar por algum tempo, parando, no entanto, quando o pequeno pôs a mão sobre o prato. Com certeza, em muitos lugares do mundo, outros tantos garotos terão feito o mesmo e observado o fenômeno. Mas, só um gênio como Blaise Pascal resolveu investigar o mistério e escreveu um tratado sobre o som: "Traité des sons". Nascido aos 19 de junho de 1623, em Clermont (Auvergne), cedo demonstrou a sua genialidade. Certo dia, o pai o encontrou a riscar, com um pedaço de giz, rodas e barras no soalho do seu quarto. Rodas e barras eram na verdade os círculos e as linhas retas da Geometria, traduzidos na linguagem infantil. Logo mais provaria que a soma dos ângulos de um triângulo perfaz dois retos, resolvendo num passatempo, o 32º teorema de Euclides, cujo nome ignorava.</p><p>Na adolescência, aos 16 anos, escreveu um tratado sobre as secções dos cones - "Traité des sections coniques", um problema de alta Geometria, que assombrou o mundo profissional da época. O próprio Descartes, ao lê-lo, se recusou a acreditar tivesse sido escrito por um jovem dessa idade. Dois anos mais tarde, construiu o jovem matemático uma máquina de contar, com o principal objetivo de aliviar seu pai dos complicados cálculos que necessitava fazer na sua lida com as finanças do Município. Numa época em que não estavam aperfeiçoadas as tábuas logarítmicas, este engenho prestou grandes serviços aos que se ocupavam com a aritmética e mereceu numerosas reproduções. Oportunamente, Pascal presenteou com uma dessas máquinas ao célebre Condé e a Rainha Cristina da Suécia, quando ela esteve na França. Mais tarde, entre seus 23 e 25 anos, interessou-se pelos estudos da Física, escrevendo sobre o espaço vazio: "Nouvelles experiences touchant le vide".</p><p>Foi também nessa época que o pai de Blaise sofreu um acidente e, por permanecer longo período na cama, teve a lhe servir de enfermeiros dois fervorosos discípulos de Cornélio Jansênio que, ao se despedirem, deixando Etienne Pascal curado, deixaram toda a família Pascal profundamente impressionada com o ideal religioso. Em outubro de 1654, estando Blaise Pascal a passear de carruagem por uma ponte, assustaram-se os cavalos, tendo dois deles se precipitado da ponte, após rompidos os arreios. Os outros, com a carruagem ficaram suspensos sobre o abismo, salvando a vida do cientista. Dizem alguns de seus biógrafos que este fato lhe teria produzido um violento abalo, fazendo-o se dedicar às questões religiosas. Contudo, depois de sua morte, foi encontrado, cosido no forro de sua vestimenta, um bilhete datado de 23 a 24 de novembro de 1654, em que ele relata uma espécie de êxtase que teria experimentado, e demonstra um desejo ardente de se consagrar às coisas espirituais.</p><p>Escrevendo suas Cartas Provinciais, Pascal apresenta a verdadeira Igreja do Cristo não circunscrita a uma determinada organização eclesiástica, menos ainda a determinados homens de um certo período, representando casualmente a Igreja, mesmo porque, falíveis os homens, insegura seria a fé. Em 1657, suas Cartas, dezoito ao todo, foram relacionadas no Index da Igreja. São consideradas um dos maiores monumentos da literatura francesa e o atestado de uma grande sinceridade cristã. A respeito, pronunciou-se Pascal: Roma condenou as minhas Cartas; mas o que nelas condenei está condenado no céu - apelo para o teu tribunal, Senhor Jesus! Relata que pediu a Deus 10 anos de saúde para poder escrever sua Apologia do Cristianismo, que o mundo viria a conhecer com o nome de Pensées, contudo, confessa, Deus lhe deu quatro anos de enfermidade.</p><p>Nessa Apologia, ele apresenta Cristo não como o Senhor morto de tantos cristãos, mas o Cristo vivo, sempre-vivo, aquele Cristo que segue com os homens, todos os dias. Amar era para ele a melhor forma de crer, a razão do coração que a razão ignora. Deus é, antes de tudo, o Sumo Bem, o alvo do amor, e ele afirmava não poder crer senão num Deus que pudesse amar sinceramente. A mensagem para a Humanidade de sua época, para os melhores homens do século, foi uma mensagem de vasta, profunda e panorâmica espiritualidade cristã. Uma espiritualidade que brilha em todas as páginas do Evangelho, a espiritualidade do Cristo.</p><p>Tal espiritualidade transcende das suas mensagens, inseridas pelo Codificador em O Evangelho Segundo o Espiritismo: a primeira, datada de 1860, recebida em Genebra, que alude à verdadeira propriedade e a segunda, do ano 1862, de Sens, da qual destacamos especialmente: (...) Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade;(...) e, logo adiante, (...) esforçai-vos por não atentar nos que vos olham com desdém e deixai a Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias separa, no seu reino, o joio do trigo.</p><p>Não menos oportunas as observações em sua mensagem "Sobre os médiuns" (O Livro dos Médiuns, cap. XXXI, item XIII), de excelente atualidade para os dias que estamos vivendo, onde a mediunidade tem sido levada, muita vez, à conta de exclusiva projeção pessoal e destaque social: "Que, dentre vós, o médium que não se sinta com forças para perseverar no ensino espírita, se abstenha; porquanto, não fazendo proveitosa a luz que ilumina, será menos escusável do que outro qualquer e terá que expiar a sua cegueira". Sua morte se deu a 19 de agosto de 1662, aos 39 anos, sendo que os dois últimos anos de sua vida foram de intenso sofrimento. A enfermidade que o tomou lhe furtou qualquer possibilidade de esforços físicos e intelectuais.</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-53157826088599765282024-03-16T03:27:00.000-07:002024-03-16T17:12:10.016-07:00Espíritos do Evangelho (28)<p>Francisco Muniz</p><p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEimiYuFQLiIGE-YZMZ79SyDYItEa0RqK5cEsOLRgHvJhrIxmxVxRx4dmFSzuawWr24TKO_g5Gm7LZAFHuMTVWP7D-uaC6h6h-pRdiilw4bf9pangwrJYgqE9wuCgbO8R_O3KpgNSMOVknBu9Y2UnE5LXhZeHW31FJ4AFOx8uFaAhNMVBWcmm6QiZC16j8s" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="246" data-original-width="204" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEimiYuFQLiIGE-YZMZ79SyDYItEa0RqK5cEsOLRgHvJhrIxmxVxRx4dmFSzuawWr24TKO_g5Gm7LZAFHuMTVWP7D-uaC6h6h-pRdiilw4bf9pangwrJYgqE9wuCgbO8R_O3KpgNSMOVknBu9Y2UnE5LXhZeHW31FJ4AFOx8uFaAhNMVBWcmm6QiZC16j8s" width="199" /></a></div><br /><br /></div><p></p><p><b>28. Emmanuel</b> (Paris, 1861)</p><p>O Espírito que assina a primeira mensagem sobre o egoísmo nas páginas de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. XI, item 11) é o mesmo Emmanuel mentor do médium Francisco Cândido Xavier e que também consta, nos Prolegômenos de O Livro dos Espíritos, como um dos integrantes da plêiade do Espírito de Verdade que colaboraram com Allan Kardec na obra da Terceira Revelação de Deus aos homens, figurando ao lado de nomes veneráveis para a cultura universal.</p><p>Foi através da série conhecida como "Romances de Emmanuel" que ficamos conhecendo mais e melhor acerca desse amigo do Cristo, conhecer e intérprete do Evangelho como poucos. Assim, pela mediunidade psicográfica de Chico Xavier ele conta, no livro "Há 2.000 Anos", a história do orgulhoso senador Públio Lentulus que teve um único encontro com Jesus, durante infindos 60 segundos nos quais o Mestre pede sua adesão às verdades do Reino, porquanto seu orgulhoso saber mundano tinha limites bem estreitos...</p><p>O senador, porém, não se permite convencer e sofre miseravelmente, principalmente ao reconhecer seu erro quanto à condição da esposa, Lívia, que se eleva para o Cristo enquanto ele sofre provas dolorosíssimas. No entanto, "50 Anos Depois" (este é o título da continuação da história) ele renasce como o escravo Nestório e assim começa sua jornada redentora, tencionando aproveitar condignamente aquele minuto junto ao Cristo às margens do lago de Genesaré.</p><p>Já redimido e integrando a falange do Consolador, ele vem pela primeira vez às Terras do Cruzeiro na indumentária do padre Manuel da Nóbrega, aqui desenvolvendo um trabalho de evangelização dos povos primitivos que seria continuado por José de Anchieta. De volta ao Velho Mundo, agora na França, ele é o padre Damiano que assiste às necessidades espirituais da família de Madalena Vilamil, especialmente junto a Alcíone, a heroína da história.</p><p>É somente em 1927, no interior de Minas Gerais, que Emmanuel realiza a obra de sua vida, ao lado do jovem médium Francisco de Paula Cândido, então com 17 anos, estabelecendo uma parceria que só findaria cerca de 10 anos antes da desencarnação de Chico Xavier, em 2002. Através de Chico, cuja atuação mediúnica o mentor dirigiu com disciplinado rigor, Emmanuel enviou aos espíritas inúmeras mensagens de cunho doutrinário, tanto evangélicas quanto científicas, assim como chancelou a cooperação de muitos missivistas do Espaço, a exemplo dos Espíritos André Luiz e Humberto de Campos.</p><p>A ele, portanto, nosso esclarecimento acerca dos tempos apostólicos muito deve. </p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-22317984389822092902024-03-15T09:37:00.000-07:002024-03-15T15:52:34.097-07:00Espíritos do Evangelho (27)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi8nJ54koDT6vGGi00pdMK6QoZ3OmOFgQqvDCIK8Vrl441S9WXW5Ra8E_5TVHgYpEAePcccrcmBzUdPIeiXlGRnEsH0uhu27ofpMU4SHrUbDOoC6QGJOKw7xq2PHzgHRgE41p7-gk8HvuZwzmQ9q-l0v6lDxBodu6_zwkjfcir6hxTGrKm5kcdnUkEyBQA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="427" data-original-width="336" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi8nJ54koDT6vGGi00pdMK6QoZ3OmOFgQqvDCIK8Vrl441S9WXW5Ra8E_5TVHgYpEAePcccrcmBzUdPIeiXlGRnEsH0uhu27ofpMU4SHrUbDOoC6QGJOKw7xq2PHzgHRgE41p7-gk8HvuZwzmQ9q-l0v6lDxBodu6_zwkjfcir6hxTGrKm5kcdnUkEyBQA" width="189" /></a></div><br /><br /></div><p></p><p><b>27. Dufêtre, Bispo de Nevers</b> (Bordeaux)</p><p>Dominique Augustin Dufêtre (Lyon, 17 de abril 1796 – Nevers, 6 de novembro 1860) foi um religioso francês, nomeado bispo de Nevers em 13 de setembro 1842.<br /><br />Dufêtre entrou no seminário de Santa Irene. Em 1813, com apenas 17 anos, tornou-se diretor do seminário menor de Saint-Just, Lyon. Em 1818, ele foi internado para o diaconato e deixou o seminário para a casa dos Cartuxos de Lyon. É ungido sacerdote em março de 1819. Pregou por toda a França em missões e retiros eclesiásticos.<br /><br />Foi o vigário geral de Tours quando foi indicado, em 13 de setembro de 1842, como bispo de Nevers.<br /><br />Em 12 de novembro 1848, dedicou a igreja de St. Bartholomew Cervon, que foi restaurada, em meio de uma grande multidão de sacerdotes e fiéis. Esta igreja possui, no túmulo do altar, as relíquias dos santos Bartolomeu, Agatha, Agnes Bernard, Chantal Cyr, Hilário, Jerônimo, Juliet, Francisco de Sales.<br /><br />A mensagem por ele ditada e aproveitada no capítulo 10, item 18 de O Evangelho Segundo o Espiritismo (curiosamente, Allan Kardec não anotou o ano) versa sobre a indulgência e nela o antigo bispo de Nevers nos conclama: "Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar."<br /><br />(Fonte: textosespiritas.wordpress.com)<br /></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-36876728760946891532024-03-13T16:49:00.000-07:002024-03-15T02:58:13.866-07:00Espíritos do Evangelho (26)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgBancn445_toeDks38RCHi2Aqib-qPCpbjkOIP9SIQmKduYRYMIODbesSG7sq7b8QEGEZ0x19h2BaSrkxwmPQKdvbWAcek3Ih_uYIUUShehFWlH5VuTSkWwvzTMfmO7QL5Da2PdWh4Aa6xTS2gaCQJvAhHKa0f1QCgAos4qHc-c9Yh8vkkW0UKEiiRAKc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="246" data-original-width="200" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgBancn445_toeDks38RCHi2Aqib-qPCpbjkOIP9SIQmKduYRYMIODbesSG7sq7b8QEGEZ0x19h2BaSrkxwmPQKdvbWAcek3Ih_uYIUUShehFWlH5VuTSkWwvzTMfmO7QL5Da2PdWh4Aa6xTS2gaCQJvAhHKa0f1QCgAos4qHc-c9Yh8vkkW0UKEiiRAKc" width="195" /></a></div><br /><b style="text-align: left;"><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: left;">26.João, Bispo de Bordeaux (1862)</b></div><p>Jean-Louis Anne Madelain Lefebvre de Cheverus (28 de janeiro de 1768 – 19 de julho de 1836) foi um cardeal francês, arcebispo de Bordeaux.<br /><br />Nascido em Mayenne, região de Le Mans, na França, era filho de Jean-Vincent Lefebvre de Cheverus e Anne Lemarchand de Noyers. Realizou seus estudos iniciais no Collége de Louis-le-Grand, passando para o Seminário de St. Magloire de Paris e concluindo seus estudos na Sorbonne de Paris.<br /><br />Foi ordenado padre em 18 de dezembro de 1790, por Antoine-Eleanore-Léon LeClerc de Juigné, arcebispo de Paris. Realizou o trabalho pastoral na diocese de Le Mans, da qual era vigário geral em janeiro de 1792; cânone do capítulo da catedral de Mayenne, até que, recusando-se a apoiar a Constituição Civil do Clero, foi preso em Laval, no convento dos Cordeliers, em junho de 1792. Escapou da prisão, chegando na Inglaterra em 11 de setembro de 1792, quando foi contratado para o ensino e ministrou aulas para refugiados franceses, entre 1792 e 1796. Viajou para os Estados Unidos e chegou em Boston em 3 de outubro de 1796, realizando o trabalho missionário entre os índios de Penobscot e outros fiéis no Maine e Massachusetts, entre 1796 e 1808.<br /><br />Eleito primeiro bispo de Boston em 8 de abril de 1808, sendo consagrado em 1 de novembro de 1810, na pró-catedral de São Pedro, em Baltimore, por John Carroll, arcebispo de Baltimore, assistido por Leonard Neale, arcebispo-titular de Gortina e arcebispo-coadjutor de Baltimore, e por Michael Francis Egan, O.F.M., bispo de Filadélfia, a bula papal de nomeação não chegou até lá. Administrador apostólico da Arquidiocese de Nova Iorque, entre 1810 e 1815. Com a perda iminente de saúde, foi feita uma justificativa válida de sua convocação para a França, sendo transferido para a Diocese de Montauban, na França, em 3 de maio de 1823.<br /><br />Foi promovido à sé metropolitana de Bordeaux em 2 de outubro de 1826. Nomeado Par do Reino francês nesse mesmo ano. Recusou o cargo de ministro das Relações Eclesiásticas oferecido pelo rei Carlos X da França em 1826. Conselheiro de Estado, em 1828. Comendador da Ordem de Saint-Esprit em 1830.<br /><br />Criado Cardeal-presbítero no consistório de 1 de fevereiro de 1836, mas morreu em 19 de julho, antes de receber o barrete vermelho e o título cardinalício, quatro dias depois de sofrer uma apoplexia e paralisia, em Bordeaux. Foi velado e enterrado na catedral metropolitana de Bordeaux.<br /><br />No Evangelho Segundo o Espiritismo ele assina com seu nome próprio mensagem no Cap. X, item 17, sobre a indulgência, enquanto usa o sobrenome Cheverus ao subscrever o texto do item 11 di Cap. XVI, que trata do emprego da fortuna.<br /><br />(Fonte: textosespiritas.wordpress.com)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-65533659062379137052024-03-12T10:53:00.000-07:002024-03-13T09:39:34.579-07:00Espíritos do Evangelho (25)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgwtY1BPanOH98T2DoFs28jxrg2mjgYF3hnuN7KroYAPVeXfSPKv4GdR4hA06zZWjFChAEOd3UzCO8tJQajEg3O0myPfrwhBdBl7yDnZyvnO5EpW_TdWm_uaNg3wpOimbhq0BFJ_vlkShlc_Uwa3e9kybDPWRXbKprtv8-r8NWgAAQ_aIIt2dMDHUqY6vU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="155" data-original-width="325" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgwtY1BPanOH98T2DoFs28jxrg2mjgYF3hnuN7KroYAPVeXfSPKv4GdR4hA06zZWjFChAEOd3UzCO8tJQajEg3O0myPfrwhBdBl7yDnZyvnO5EpW_TdWm_uaNg3wpOimbhq0BFJ_vlkShlc_Uwa3e9kybDPWRXbKprtv8-r8NWgAAQ_aIIt2dMDHUqY6vU" width="320" /></a></div><br /><br /></div></div><p></p><p><b>25.José, Espírito Protetor</b> (Bordeaux, 1863; 1862)<br /><br /><i>José é um nome comum na França e, como de resto, em toda Europa, que o exportou para as américas, de modo que, bem menos que a identidade, vale, apra nós, enfatizar bem mais a condição desse Espírito que deixou dus mensagens em O Evangelho Segundo o Espiritismo, sobre a fé e sobre a indulgência, ambas recebinas na cidade de Bordeaux. Sobre a condição do Espírito protetor, apresentamos a seguir o artigo de Antônio Moris Cury publicado nas páginas do jornal Mundo Espírita.</i></p><p>"A Vida é, por si, uma enorme bênção. Criados por Deus, simples e ignorantes, somos seres imortais e indestrutíveis, ou seja, viveremos para sempre, seja no plano físico, seja no plano espiritual. Quem está ciente, consciente e, principalmente, convicto dessa realidade não tem a menor sombra de dúvida de que a Vida é uma bênção, um valioso e inestimável presente. Não é difícil obter essa convicção, que não se impõe a ninguém, bastando que se leia e estude as cinco obras fundamentais da Doutrina Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.<br /><br />"Sobre leitura e estudo, recentemente, em agosto de 2019, o jornal Mundo Espírita reproduziu artigo de Affonso Soares, publicado na Revista Reformador da Federação Espírita Brasileira, em julho de 2002, em que o autor afirmou que: "Lendo apenas seis páginas por dia, ao cabo de um ano teremos percorrido todos os livros de Kardec", esclarecendo que se referia às cinco obras básicas do Espiritismo, antes aqui apontadas, ao mesmo tempo em que afirmou que, com vinte ou trinta minutos diários, no mesmo período de um ano, essas obras poderiam ser estudadas.<br /><br />"A esse propósito, em artigo anterior intitulado "A Vida é uma só", tivemos a oportunidade de escrever: Não por acaso, a veneranda Doutrina Espírita, em variadas passagens de suas obras básicas, sugere, aconselhando, que as leiamos e estudemos de modo continuado, cada vez mais, sempre, uma vez que só nos trará benefícios de variada ordem, a começar pelo fato de que o conhecimento que adquirirmos e consolidarmos nos pertence, verdadeiramente, não havendo traça que o consuma, ferrugem que o corroa nem ladrão que o roube.<br /><br />"E não podemos perder de vista, pois é da maior relevância, que o conhecimento adquirido e consolidado permanecerá conosco nesta e em futuras reencarnações, e até mesmo num futuro ainda bem longe e muito distante em que não precisemos mais reencarnar, ou seja, permanecerá conosco para todo o sempre, uma vez que o Espírito imortal e indestrutível, que é o verdadeiro ser, o ser pensante da Criação, é o arquivo da memória e viverá para sempre. Apenas para enfatizar: todos nós viveremos para sempre!<br /><br />"Como se não fosse suficiente, importante enfatizar que o Espírito Protetor (também chamado de Anjo da Guarda) pertence a uma ordem elevada e cuja missão é a de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida1.<br /><br />"Não menos importante é saber e guardar a certeza de que todo ser humano, seja rico ou pobre, branco, negro ou amarelo, culto ou inculto, que professe alguma crença ou não, ou que até mesmo se declare ateu, está sob o amparo de um Espírito Protetor ou Anjo da Guarda.<br /><br />"O Espírito Protetor, como não é difícil concluir, busca sempre conduzir seu protegido a que opte pelo caminho do Bem, a que proceda como uma pessoa boa, como uma pessoa de Bem. Entretanto, é conveniente que fique bem claro, o protegido é dotado de livre-arbítrio, o que significa dizer que é livre para adotar, ou não, as ideias, os conselhos sugeridos pelo seu Anjo Guardião e, assim, por conseguinte, é o único responsável por suas escolhas e decisões. Nem poderia ser de outra forma. Com efeito, se o protegido apenas se limitasse a cumprir as orientações recebidas de seu Protetor, na verdade estaria agindo como um robô, que executa ordens sem pensar, sem qualquer mérito pessoal e, o que seria mais grave, sem qualquer responsabilidade.<br /><br />"As provações e expiações vinculadas ao planeta Terra existem exatamente para que exercitemos a nossa inteligência, outorgada por Deus, contornando as dificuldades e os problemas e ultrapassando-os, com empenho, com esforço, com vontade claramente determinada, enfim.<br /><br />"Afirmou Léon Denis: O princípio de evolução não está na matéria, está na vontade, cuja ação tanto se estende à ordem invisível das coisas como à ordem visível e material. Esta é simplesmente a consequência daquela. O princípio superior, o motor da existência, é a vontade. A Vontade divina é o supremo motor da Vida Universal2.<br /><br />"Assim, ao contrário do que à primeira vista possa parecer, a atitude do protegido não é e não deve ser passiva, de mero espectador dos fatos e das decisões. A sua participação há de ser dinâmica por excelência, com o emprego do binômio decisão-responsabilidade.<br /><br />"Para tanto, deve ele fazer a sua parte e do melhor modo possível, seja no que for, contribuindo assim para o equilíbrio e a harmonia das relações sociais. E é claro que o protegido pode e deve se valer da oração para a tomada de suas decisões, a fim de realizá-las com o apoio da lógica, da razão, do equilíbrio e do bom senso.<br /><br />"Por fim, convenhamos, constitui grandíssimo consolo o fato de que todos nós, sem nenhuma exceção, estamos sob a guarda de um Espírito Protetor, de elevada ordem, sempre pronto a ajudar, a esclarecer, a orientar e a amparar.<br /><br />"Não esqueçamos das palavras de Jesus, o Cristo: "Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo", razão pela qual devemos prestar a máxima atenção em tudo.<br /><br />"É muitíssimo importante, pois, prestar atenção à voz que se manifesta em nossa intimidade, em nossa consciência, em nossa alma, de modo que devemos ficar atentos sempre!"<br /><br />(Fonte: mundoespirita.com.br)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-86256304932798225812024-03-11T04:43:00.000-07:002024-03-12T10:29:30.625-07:00Espíritos do Evangelho (24)<p> As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh0ml4fGeTb-KcGYPLM6289ub5QWR07_9nWfr17QhNM4s6MZIhZYjqvPk6X5e58GX2gTPY8Sd1vUNTgDRwVAN6jODJUA_yQOUAkMQCioFjB2BKR8i6vRfAA4F8Pjs2ncNaD9mVz7mf6EJX3qm_c-3OtjmmxVLEWQ27tmLuvbMxeigl5SDm8XVT6qF2mDFY" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="248" data-original-width="203" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh0ml4fGeTb-KcGYPLM6289ub5QWR07_9nWfr17QhNM4s6MZIhZYjqvPk6X5e58GX2gTPY8Sd1vUNTgDRwVAN6jODJUA_yQOUAkMQCioFjB2BKR8i6vRfAA4F8Pjs2ncNaD9mVz7mf6EJX3qm_c-3OtjmmxVLEWQ27tmLuvbMxeigl5SDm8XVT6qF2mDFY" width="196" /></a></div><br /><br /></div><p></p><p>Foi em Tarso, na Cilícia, um importante centro mercantil e intelectual do mundo romano, que nasceu, entre os anos 5 e 10 da Era Cristã, uma criança que, no momento da circuncisão, recebeu o nome de Saulo. Seus pais, embora judeus, gozavam dos privilégios da cidadania romana. Privilégios que podiam ser conseguidos pelos habitantes das províncias de duas formas: como recompensa por serviços prestados ou pelo desembolso de vultosa quantia.<br /><br />Nos primeiros anos, ele frequentou a Sinagoga onde aprendeu nos textos sagrados até a aritmética. Um escravo o acompanhava todos os dias, carregando-lhe a pasta com os utensílios escolares. Sentado ao chão, com as pernas cruzadas, o menino Saulo ensaiou as primeiras letras, gravando-as com um estilete de ferro sobre uma tabuinha coberta com uma camada de cera. Como a tradição prescrevia ensinar um trabalho útil às crianças, Saulo aprendeu a tecer pano de barraca, usando uma fazenda áspera e durável, entremeado com pelos de cabra.<br /><br />Adolescente ainda seguiu para Jerusalém, onde se tornou discípulo do grande Gamaliel, no Templo de Salomão, preparando-se para ser um devotado rabino. Ele mesmo, na Epístola aos Gálatas, afirma: ...e me avantajava no judaísmo sobre muitos da minha idade e linhagem, pelo extremo zelo às tradições de meus pais.<br /><br />Ardoroso defensor de Moisés, Saulo desencadeou séria perseguição aos homens do Caminho. E considerou seu primeiro grande triunfo contra o Nazareno a lapidação do jovem Estêvão. Emmanuel descreve na obra Paulo e Estêvão, em detalhes, toda sua dor e vergonha, ao se dar conta que Estêvão não era outro senão o irmão da sua amada noiva Abigail, que viria a morrer 8 meses depois.<br /><br />É, no entanto, a caminho de Damasco, na Síria, levando cartas que lhe autorizavam a prender outros tantos seguidores de Jesus, que Saulo foi surpreendido, em pleno meio-dia, pela luz imensa dAquele a quem perseguia.<br /><br />Saulo, Saulo, por que me persegues?, diz-lhe a voz. Nas entrelinhas, pode-se ler: Por que, Saulo, se és o vaso escolhido para levar a minha palavra a todas as gentes?<br /><br />Tendo vislumbrado a luz, ele se ergue da areia, onde tombara, sem visão. Seguindo a orientação dada pelo Mestre, entrou na cidade e aguardou. Ananias, em nome de Jesus, o vem retirar da sua noite de sombras.<br /><br />Começaram para Saulo a jornada de trabalho e o calvário das dores. Após o exílio de 3 anos, no deserto de Dan, ele retornou para pregar a Boa Nova. Aquele Jesus, a quem tanto perseguira na pessoa dos Seus seguidores, tornou-se seu Senhor. Quando empreendeu a viagem a Damasco ele era o orgulhoso Saulo, cujo nome significa aquele a quem se pede, solicita algo, orgulhoso. Ao se erguer, após a queda do cavalo e a visão extraordinária do Cristo, ele estava transformado. Era o escravo. Que queres que eu faça, Senhor?, é o que roga. Por isso mesmo, haveria de trocar seu nome para Paulo, posteriormente, que significa modesto, pequeno, humilde.<br /><br />Pode-se dividir o seu apostolado em três grandes viagens. Na primeira, partindo de Antioquia com Barnabé e Marcos, foi à ilha de Chipre, depois à Panfília e à Pisídia. Deixou núcleos implantados em Perge, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derme, retornando a Jerusalém.<br /><br />Na segunda grande viagem, em companhia de Silas e Timóteo, atravessou a pé toda a Ásia menor e, com Lucas, chegou até à Macedônia. As pequenas igrejas foram se formando em Filipes, Tessalônica, Bereia. Ele chegou até a Grécia. Na primavera de 53, saiu de Corinto, voltou a Jerusalém e Antioquia.<br /><br />Na terceira viagem, percorreu a Frígia e a Galácia. Permaneceu dois anos em Éfeso, depois regressou à Macedônia e Corinto. Retornando a Jerusalém foi preso, remetido a Cesareia e, apelando para César, chegou a Roma, depois de um naufrágio na ilha de Malta. Estima-se que ele tenha percorrido em sua longa marcha nada menos de 20.000 km a pé, ou seja, metade do comprimento da linha do Equador.<br /><br />Sob a inspiração de Jesus, tendo a servir de intermediário o próprio Estêvão, da espiritualidade, Paulo escreveu as epístolas, cartas cheias de ternura aos companheiros das comunidades nascentes, também carregadas de orientações: duas aos Tessalonicenses, em Corinto, em 52-54; 1ª aos Coríntios, de Éfeso, em 57; 2ª aos Coríntios, de Filipos, em 57; aos Gálatas e aos Romanos, de Corinto, em 57; aos Filipenses, aos Efésios, aos Colossenses e a Filémon, de Roma, em 62; aos Hebreus, em 63 ou 64, da Itália; 1ª a Timóteo, em 64 ou 65, a Tito em 64 ou 65, e a 2ª a Timóteo, em 66, de Roma.<br /><br />Mais de uma vez foi apedrejado, açoitado, maltratado. Padeceu fome, frio, privações. Por amor a Jesus, ele tudo aceitou e afirmou portar no corpo as marcas do Cristo.<br /><br />Decapitado, fora dos muros de Roma, no ano de 67, por ordem do Imperador Nero, ele adentrou a espiritualidade. Quando a Terceira Revelação se apresentou na Terra, ei-lo participando da equipe do Espírito de Verdade, deixando suas palavras em O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos capítulos X, item 15 (sobre o perdão, em Lyon, em 1861) e capítulo XV, item 10 (Fora da caridade não há salvação, em Paris, em 1860). Igualmente, respondendo à questão de número 1009 de O Livro dos Espíritos, a respeito da eternidade das penas, junto a dissertações de Santo Agostinho, Lamennais e Platão.</p><p>(Fonte: feparana.com.br)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-24632844745717051842024-03-10T05:39:00.000-07:002024-03-11T13:36:56.597-07:00Espíritos do Evangelho (23)<p> As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><div><p><b>23.Simeão</b> (Bordeaux, 1862, 1863)</p>Autor de duas mensagens inseridas no corpo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (nos capítulos 10 e 18), Simeão é um personagem do Novo Testamento da Bíblia que teria abençoado Jesus quando seus pais o levaram para ser circuncidado no Templo de Jerusalém, ao oitavo dia de seu nascimento. Ao tomar Jesus em seus braços, Simeão proferiu palavras proféticas a seu respeito, anunciando a salvação de Deus e virou pó (desencarnou).<br /><br />No Evangelho segundo Lucas, nos versos de 25 a 35, Simeão era um homem justo e temente a Deus que, através de uma revelação do Espírito Santo, não iria morrer sem antes ver o Cristo. Ao tomar Jesus em seus braços, Simeão proferiu palavras proféticas a seu respeito, anunciando a salvação de Deus.<br /><br />É comum encontrar profetas no Velho Testamento, ainda mais quando Israel era uma teocracia, governada por juízes que, em regra, também eram profetas do Senhor. Depois vieram os reis de Israel e Judá e lá estavam os profetas de Deus advertindo, consolando e proferindo as palavras de vitória ou derrota da parte de Deus. Mas no Novo Testamento não se encontram muitos profetas.<br /><br />O povo judeu estava esperando o seu Messias, prometido por Deus para libertação de Israel, mas as autoridades espirituais israelitas confundiram as bolas e esperaram por um novo libertador, que fosse resgatar Israel não dos seus pecados, mas do domínio romano, uma mistura dos melhores momentos de Davi e Moisés, porém as Escrituras apontavam para a vinda do Salvador, sem homens valentes como Davi e sem a missão de apresentar ao povo uma nova terra prometida.<br /><br />Naqueles dias vivia em Jerusalém o último profeta de Israel, um homem humilde, justo, temente a Deus e que estava sempre no templo esperando para ver a consolação espiritual de Israel e cheio do Espírito Santo (médium, portanto). Seu nome era Simeão.<br /><br />Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei,<br />Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despede em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; Pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos. (Lc. 2:25-31)<br /><br />Simeão já era bem idoso, mas o Espírito de Deus revelou a ele que ele não morreria sem antes ver o Cristo de Deus e Simeão creu e esperou na promessa. Um dia Simeão foi ao templo, como era seu costume, e viu quando Maria e José levaram o menino Jesus para cumprir a lei Mosaica. Na mesma hora o Espírito Santo (um guia espiritual) revelou a Simeão quem era aquele menino trazido por seus pais para ser consagrado e Simeão tomou a criança em seus braços.<br /><br />Simeão tinha a expectativa de ver a salvação da humanidade, porém, não apenas o viu, mas o abraçou, beijou e o apresentou a Deus. Foi uma cena de intensa emoção. Simeão tinha em seus braços o Cristo de Deus e viu Sua promessa ser cumprida diante de seus olhos, então Simeão foi tomado de grande alegria e profetizou.<br /><br />A primeira coisa que Simeão fez foi agradecer a Deus, porque ele viu a promessa do Salvador se concretizar diante dele e ele pediu que o Senhor o despedisse em paz. Depois Simeão profetizou acerca do menino e disse: “Pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo, Israel.” (Lucas 2:30-32)<br /><br />José e Maria ficaram maravilhados com as palavras de Simeão e ele os abençoou e disse a Maria: “Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado (e uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” (Lucas 2:34-35)</div><div><br /></div><div>(Fonte: espiritismo.tv)</div><p><img src="https://espiritismo.tv/wp-content/uploads/wl/2019/04/Yegorov-Simeon_the_Righteous.jpg" /></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-30126796877984177172024-03-09T08:13:00.000-08:002024-03-10T14:00:06.720-07:00Espíritos do Evangelho (22)<p> As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgbwIOkaT-mcrXJvdxFbOneUM9Xqy0eHtco_7f_QZU0LrZ1_J3fTL1Ior0x-bAaHAbPF0l_SAWrnRPM8lm4xX6XzgpFIHYSdVljQkoE2mpT1xz2DaF5t_KbTrPEUvoaDy3vDuD-VNCbVRDDj6fpQZXnKgETIotq-tWfuTE_zM-cTRdMNsrh94ArDkNMfLQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="144" data-original-width="170" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgbwIOkaT-mcrXJvdxFbOneUM9Xqy0eHtco_7f_QZU0LrZ1_J3fTL1Ior0x-bAaHAbPF0l_SAWrnRPM8lm4xX6XzgpFIHYSdVljQkoE2mpT1xz2DaF5t_KbTrPEUvoaDy3vDuD-VNCbVRDDj6fpQZXnKgETIotq-tWfuTE_zM-cTRdMNsrh94ArDkNMfLQ" width="283" /></a></div><br /><br /></div><p></p><p><b>22.Hahnemann</b> (Paris, 1863)</p><div>Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu em 10 de abril de 1755, em Meissen, na Saxônia. Seus pais lhe deram o nome de Christian, seguidor de Cristo; Friedrich, protegido do rei; Samuel, Deus me escutou, em sinal de reconhecimento a Deus. Seu pai era pintor de porcelana e ele mesmo foi preparado para seguir a carreira paterna. Desta forma, aprendeu na Escola várias línguas estrangeiras: inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu e caldeu, além da língua nacional. O objetivo era poder, no futuro, comercializar em outros países a porcelana. Mas, o seu destino seria outro. Foi estudar Medicina em Leipzig e Viena. Por ser pobre, sustentava-se fazendo traduções, e assim entrando em contato com obras sobre doutrinas existenciais.</div><div> <br />Em 1812, era docente da Universidade de Leipzig. Contudo, na carreira médica se mostrava inquieto por não conseguir bons resultados na cura dos enfermos que tratava. Seus amigos diziam que ele sonhava, que tudo que almejava era utopia. "O homem é limitado mesmo, limitados também seus conhecimentos." Finalmente, aos 36 anos, após a morte de um amigo de quem cuidava clinicamente, resolve abandonar a medicina. Adentra o seu consultório e avisa a seus pacientes que não mais os atenderá. Se os não pode curar, de que vale a sua ciência? E despede a todos. Está profundamente desanimado.</div><div> <br />Para sobreviver e sustentar a família, trabalha em traduções, mais especialmente na área da química e da farmacologia. Fazendo a tradução de uma obra de um médico escocês William Cullen, no ano de 1790, surpreende-se com a descrição das propriedades do quinino. Chama-lhe a atenção, em especial, o fato de que a intoxicação pelo quinino tinha sintomas semelhantes aos da enfermidade natural da febre intermitente. Ele próprio passou a ingerir doses de quinino, comprovando que os resultados eram semelhantes à febre combatida por aquele produto.</div><div><br />Repetiu a experiência com outras drogas, como o mercúrio, a beladona, a digital, sempre no homem sadio, concluindo por elaborar a doutrina homeopática, resumida na expressão: "similia similibus curantur", ou seja, sintomas semelhantes são curados por remédios semelhantes. Já no ano de 1796, suas observações foram divulgadas. Observações que passariam a compor sua mais importante obra: o Organon, publicado em 1810, onde explica seu sistema e cria a Homeopatia. Depois, publicaria "Ciência Médica Pura" e "Teoria e tratamento homeopático das doenças crônicas". Nos princípios homeopáticos estabelece-se que toda substância que, em dose ponderável, é capaz de provocar no indivíduo são um quadro sintomático, também tem capacidade de o fazer desaparecer, com administração em pequenas doses.</div><div> <br />Também que a preparação dos medicamentos requer diluições infinitesimais, pois que elas teriam a capacidade de desenvolver as virtudes medicinais dinâmicas das substâncias grosseiras. Desde os primeiros momentos, Hahnemann sofreu acirrada campanha contrária ao que expunha, em especial dos farmacêuticos, pelo que muito padeceu. Somente em 1835, já com seus 80 anos, viúvo, foi procurado por uma jovem que o buscou em sua cidade como último recurso médico e foi por ele curada. Eles se consorciam e ela o leva para Paris, onde finalmente obtém geral reconhecimento. Foi em Paris que ele desencarnou a 2 de julho do ano de 1843, 14 anos antes de vir a lume O Livro dos Espíritos e nascer, portanto, a Doutrina Espírita.</div><div><br />Compondo a equipe espiritual responsável pela Codificação, deu seu contributo particularmente em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, "Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos", onde assina a mensagem do item 10, tratando das virtudes e dos vícios que são inerentes ao Espírito. A mensagem foi dada em Paris, no ano de 1863. À guisa de curiosidade somente, no mesmo ano, a 13 de março, na Sociedade Espírita de Paris, tendo como médium a Sra. Costel, Hahnemann dissertou a respeito do estado da ciência à época, em resposta a um médico homeopata estrangeiro, presente à sessão. Dita dissertação se encontra no volume sexto da Revista Espírita.<br /><br />De acordo com o escritor espírita brasileiro Hermínio Miranda, Hahnemann viveu anteriormente como o alquimista Paracelso e o filósofo grego Hipócrates, considerado o pai da Medicina. Essas três personalidades vestiram o mesmo Espírito, porquanto o próprio Hahnemann declarara, numa evocação na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, através da mediunidade de Madame W. Krell, ter sido outrora Paracelso.</div><div> <br />(Fonte: febnet.org.br)</div>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-24444866526871438082024-03-09T06:42:00.000-08:002024-03-09T13:17:39.043-08:00Espíritos do Evangelho (21)<p> As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi1cUMCPTHRCAxGj2Vz08ZZl41l6oQTY3ZabnpjhfyGcWsDSNnOLfGXrC0rBTTUE9RgwWEgP-KBEn7yYN7Auibn3BN2ZGM9n-VbFkjwrH1dBMtriWvjakkiYJgWwXGO8AAtPOMyqYpVBUDnpCEMkEdMdDkp4wLFjuaaizvbPW8CLVrvkmPeylq-MlJJDhI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="266" data-original-width="190" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi1cUMCPTHRCAxGj2Vz08ZZl41l6oQTY3ZabnpjhfyGcWsDSNnOLfGXrC0rBTTUE9RgwWEgP-KBEn7yYN7Auibn3BN2ZGM9n-VbFkjwrH1dBMtriWvjakkiYJgWwXGO8AAtPOMyqYpVBUDnpCEMkEdMdDkp4wLFjuaaizvbPW8CLVrvkmPeylq-MlJJDhI" width="171" /></a></div><br /><br /></div><p></p><div><p><b>21. Um Espírito Amigo</b> (Havre, 1862; Bordeaux, 1862)</p>Desta forma são assinadas duas mensagens em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. IX, item 7 (A paciência) e cap. XVIII, item 15 (Dar-se-á àquele que tem). Trata-se de uma Entidade feminina. Convidada pelos Espíritos Superiores a integrar a equipe do Espírito de Verdade, que traria à Terra a Terceira Revelação, iniciou sua trajetória cristã nos tempos primeiros da Boa Nova. Chamava-se, então, Joana, esposa de Cusa, intendente de Ântipas. Ouvindo Jesus, encanta-se pela mensagem, especialmente por ser uma mulher que sofria, pela indiferença do marido, conforme nos relata pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito Humberto de Campos.<br /><br />Vestindo-se de forma simples, para não ser percebida, embora não deixasse de o ser, Joana de Cusa em meio ao povo, nas pregações do lago, ouvia atentamente o meigo Rabi. Absorve-lhe os ensinos e os segue. Após a morte do esposo, necessita prover a sua e à subsistência dos dois filhos. Torna-se serva em casa de família abastada, que mais tarde se transferiria para Roma, levando-a e aos meninos. Foi ali, em uma tarde de agosto do ano 68 d.C., que Joana de Cusa foi martirizada com um dos filhos e mais de quinhentos cristãos, que tiveram seus corpos queimados de tal forma que as chamas iluminaram a cidade.<br /><br />Quando, no século XII, o Sol de Assis brilhou entre os homens, Joana retornou à Terra tomando vestes femininas outra vez, servindo a Jesus, como Clara de Assis, fundadora da Ordem das Clarissas. No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce em 1651, em uma cidadezinha a 81km da cidade do México, San Miguel Nepantla, e recebe o nome de Juana de Asbaje y Ramirez de Santillana. Aos 3 anos, aprende a ler. Aos 5, faz versos. Aos 13 anos, está na Corte mexicana, tão pomposa e brilhante quanto a Corte europeia, e ali mostraria seus dotes literários, escrevendo poemas de amor, ensaios e peças teatrais, que até hoje são citados e representados em programas de rádio e TV.<br /><br />Como sua sede de saber fosse mais forte que a ilusão de brilhar na Corte, ingressou no Convento das Carmelitas Descalças e, mais tarde, transferiu-se para a Ordem de São Jerônimo da Conceição, tomando o nome de Sóror Juana Inés de la Cruz. Ficou conhecida como a Monja da Biblioteca, intercambiando conhecimentos e experiências com intelectuais europeus e do Novo Mundo. Estudava, escrevia poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Criou fama como pintora miniaturista, fez-se competente em Teologia moral, Dogma, Medicina, Astronomia e Direito Canônico. Aprendeu o latim e o português.<br /><br />Morreu em 1695, aos 44 anos de idade, durante uma epidemia de peste na região, após socorrer durante dias inteiros as suas irmãs religiosas enfermas. Sessenta e seis anos após, ela renasceu na cidade de Salvador (BA), como Joana Angélica. Ingressando no Convento da Lapa, como franciscana, atestando o seu amor de ternura infinita por aquele que é o irmão da natureza2, tomou o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus. Foi a conselheira que, na calada da noite, deixava sua cela e se dispunha a ouvir e aliviar as dores dos corações sofridos de muitas daquelas mulheres, simplesmente trancadas no convento, por decisão familiar, e que traziam a tormenta na alma desejosa de viver de outra forma.<br /><br />Em 1815 tornou-se Abadessa do Convento e, no dia 20 de fevereiro de 1822, morreu defendendo corajosamente o Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam (...), sendo (...) assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.2 Tinha 61 anos de idade. No dia 5 de dezembro de 1945, esse Espírito amigo iniciou a orientar, inspirar e manifestar-se mediunicamente através de Divaldo Pereira Franco.<br /><br />Em 1949, iniciaria seu trabalho de ensaio psicográfico junto ao médium. Várias das suas mensagens figuraram nas páginas da revista O Reformador da Federação Espírita Brasileira, em 1956, todas assinadas por Um Espírito amigo. Nesse mesmo ano, ela se revelaria como Joanna, e passaria a assinar Joanna de Ângelis, brindando-nos com sua primeira obra psicografada em 1964, Messe de Amor. Depois dessa, sua produção tem sido incessante. Por sua iniciativa, criou-se na Bahia uma cópia imperfeita da Comunidade onde ela estagia no Plano Espiritual, dando origem à Mansão do Caminho, iniciada em 1947.</div><div><br />É esse Espírito amigo que nos exorta, na última mensagem da sua obra Após a Tempestade: "(...) E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos. Jesus espera: avancemos."</div>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-13352744631863533512024-03-08T15:55:00.000-08:002024-03-12T10:58:47.932-07:00Espíritos do Evangelho (20)<p>Francisco Muniz</p><p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhw-rimf1NwizjIoTPiELwCnS6FPaqpLgjHMorsIpqT-NJpabibup0Uty6VobNkwQTXm2YxvxBmlYvo1FNywxN3Fiik_pj5HOmPFfOEJ7OwKf0SfZ2-T9nNjt5zSiyd9ZjCUdCPt1VjY0fqEq6bIEBNUDEbBlLQFwQk3rNdtPQ8-QIW--GA4NP_8vbPikk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="159" data-original-width="318" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhw-rimf1NwizjIoTPiELwCnS6FPaqpLgjHMorsIpqT-NJpabibup0Uty6VobNkwQTXm2YxvxBmlYvo1FNywxN3Fiik_pj5HOmPFfOEJ7OwKf0SfZ2-T9nNjt5zSiyd9ZjCUdCPt1VjY0fqEq6bIEBNUDEbBlLQFwQk3rNdtPQ8-QIW--GA4NP_8vbPikk" width="320" /></a></div><br /><br /></div><b>20. Lázaro</b> (Paris, 1861; 1862; 1863)<p></p><p>O Espírito que assim se denomina ao assinar três mensagens que Allan Kardec aproveitou em O Evangelho Segundo o Espiritismo é o mesmo que no Novo Testamento é apresentado como aquele que Jesus ressuscitou, o irmão de Marta e Maria, de Betânia.</p><p>Essa condição, a de ressuscitado, fez de Lázaro uma bandeira viva das misteriosas alegrias anunciadas pelo Cristo no tocante ao Reino de Deus, ou dos Céus, o que também causou enorme espanto por parte dos fariseus e seus simpatizantes em relação a Jesus e seus poderes de Filho de Deus.</p><p>Lázaro, é bom que se diga, não foi o único ressuscitado naqueles tempos recuados por decisiva atuação do Mestre nazareno, que também havia feito retornar à vida física a filha do chefe da sinagoga de Cafarnaum e o filho da viúva de Naim, conforme os relatos evangélicos.</p>Em seu livro Vida de Jesus, o autor brasileiro Plínio Salgado diz estas palavras sobre a ressureição de Lázaro: "O milagre não é apenas um deferimento: é um chamado. Todos os que se tornaram o objeto feliz do milagre foram recrutados por Deus. Continuar a viver a mesma vida é uma deserção. Eis por que Lázaro já não é o mesmo, nem suas irmãs são as mesmas. Em redor deles, a paisagem risonha, a casa confortável, a delícia da vida, tudo se tornou uma coisa sem importância. Eles conhecem agora o Absoluto." <p>É do Espírito Humberto de Campos (ou Irmão X), porém, um dos mais assombrosos relatos acerca de Lázaro, constante do livro <b>Lázaro redivivo</b>, ditado à mediunidade psicográfica de Chico Xavier, no ano de 1945, como segue: </p><p><i>"Conta-se que Lázaro de Betânia,, depois de abandonar o sepulcro, experimentou, certo dia, fortes saudades do Templo, tornando ao santuário de Jerusalém para o culto da gentileza e da camaradagem, embora espesse de coração renovado, distante das trocas infindáveis do sacerdócio. </i></p><p><i>Penetrando o átrio, porém, reconheceu a hostilidade geral. </i></p><p><i>Abiud e Efraim, fariseus rigoristas, miraram-no com desdém e clamaram: </i></p><p><i>– É morto! é morto! voltou do túmulo, insultando a Lei!... </i></p><p><i>Ambos os representantes do farisaísmo teocrático demandaram os lugares sagrados, onde se venerava o Santo dos Santos, num deslumbramento de ouro e prata, marfim e madeiras preciosas, tecidos raros e perfumes orientais, espalhando e notícia. Lázaro de Betânia, o morto que regressara do coma, zombando da Lei, e dos Profetas, trazia, ali, afrontosa presença aos pais de raça. </i></p><p><i>Foi o bastante para revolucionar fileiras compactas de adoradores, que oravam e sacrificavam, supondo-se nas boas graças do Altíssimo. </i></p><p><i>Escribas acorrentam apressados, pronunciando longos e complicados discursos; sacerdotes vieram, furiosos e rígidos, lançando maldições, e aprendizes dos mistérios, com zelo vestalino, chegaram, de punhos cerrados, expulsando o irrelevante. </i></p><p><i>– Fora! fora! </i></p><p><i>– Vai para os infernos, os mortos não falam!... </i></p><p><i>– Feiticeiro, a Lei te condena! </i></p><p><i>Lázaro contemplaria o quadro, surpreendido. Observava amigos da infância vociferando anátemas, escribas que ele admirava, com sincero apreço, vomitando palavras injuriosas. </i></p><p><i>Os companheiros irados passaram da palavra à, ação. Saraivadas de pedras começaram a cair em derredor do redivivo, e, não contente com isso, o arguto Absalão, velha raposa da, casuística, segurou-o pele túnica, propondo-se encaminhá-lo aos juízes do Sinédrio para sentença condenatória, depois de inquérito humilhante. </i></p><p><i>O irmão de Marta e Maria, contudo, fixou nos circunstantes o olhar firme e lúcido e bradou sem ódio: </i></p><p><i>– Fariseus, escribas, sacerdotes, adoradores da Lei e filhos de Israel: aquele que me deu a vida, tem suficiente poder para dar-vos a morte! </i></p><p><i>Estupor e silêncio seguiram-lhe a palavra, </i></p><p><i>O ressuscitado de Betânia desprendeu-se das mãos desrespeitosas que o retinham, recompôs a vestimenta e tomou o caminho da residência humilde de Simão Pedro, onde os novos irmãos comungavam no amor fraternal e na fé viva. </i></p><p><i>Lázaro, então, sentiu-se reconfortado, feliz... </i></p><p><i>No recinto singelo, de paredes nuas e cobertura tosca, não se viam, alfaias do Indostão, nem, vasos do Egito, nem preciosidades da Fenícia, nem custosos tapetes da Pérsia, mas ali palpitava, sem as dúvidas da Ciência e sem os convencionalismos da seita, entre corações fervorosas e simples, o pensamento vivo de Jesus-Cristo, que renovaria o mundo inteiro, desde a teologia sectária de Jerusalém ao absolutismo político do Império Romano." </i></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /><p></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-33892822651364798102024-03-07T07:26:00.000-08:002024-03-08T00:44:52.741-08:00Espíritos do Evangelho (19)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgP924_8vKll8aEkC-ynIjHz-TzI_c5KaYFZHIQdKYaDM8UG_HfbJPhuuOOhdsfDfwPWSSL1YYiosnDrelQ31F7wgxfvLB9nOI8lxiknEHTcavpOxbDs-FPkd4UDWUSp-A38PjgkXKQtZW1MBQGVtcxfboNQji_QEflZm2V3V3aDUEm4ENRqKuBKEHJW_0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="168" data-original-width="181" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgP924_8vKll8aEkC-ynIjHz-TzI_c5KaYFZHIQdKYaDM8UG_HfbJPhuuOOhdsfDfwPWSSL1YYiosnDrelQ31F7wgxfvLB9nOI8lxiknEHTcavpOxbDs-FPkd4UDWUSp-A38PjgkXKQtZW1MBQGVtcxfboNQji_QEflZm2V3V3aDUEm4ENRqKuBKEHJW_0" width="259" /></a></div><br /><br /></div><b>19.Vianney, Cura de Ars</b> (Paris, 1863)<p></p><p><br />João Maria Batista Vianney, o Cura d’Ars, nasceu em Dardilly, uma pequena aldeia ao norte de Lyon, distante uns 10 km, a 8 de maio de 1786, filho de Mateus Vianney e Maria Beluse, cristãos fervorosos. Desde pequenino, demonstrava vocação religiosa e se recolhia para orar, longe das outras crianças. Por ter nascido numa aldeia onde se falava um dialeto local, teve dificuldades no aprendizado da língua francesa, a que teve acesso a partir dos 13 anos.<br /><br />Em 1809, foi convocado para o exército, mas adoeceu por duas vezes. Esse fato o fez desertar para viver nas montanhas por 14 meses. Seu pai foi obrigado a pagar pesada multa e seu irmão mais novo teve que se alistar em seu lugar, desaparecendo depois, na Alemanha, e esse fato o atormentou durante toda a vida.<br /><br />Aos 20 anos, começou sua formação para o sacerdócio junto ao Padre Balley, que procura minimizar suas dificuldades com a língua francesa e o domínio do latim. Possuía memória fraca e por isso criou fama de ignorante. Frequentou Seminários em Verrière e Lyon, sempre contando com a ajuda do Padre Balley, que lhe ensinava Teologia, francês e latim. Foi, enfim, aprovado em 1814.<br /><br />Somente aos 29 anos foi ordenado sacerdote e se tornou coadjutor do Padre Balley, que viria a desencarnar em 1817. Vianney foi, então, enviado, em 1818, para uma paróquia diminuta, de apenas 230 habitantes: Ars.<br /><br /><i>Atuação em Ars</i><br /><br />Ao chegar em Ars, começou a dar à casa paroquial o seu perfil: só o necessário. Ali, passaria 40 anos e se tornaria o maior fenômeno da prática da confissão da Igreja Católica, na França. Antes dessa fama de confessor, conquistara os paroquianos com seu jeito simples, simpático e afetuoso. Visitava-os, cotidianamente, dava assistência aos doentes e necessitados, tratava a todos com gentileza, organizou escolas para moças e depois para rapazes, construiu uma igreja para Santa Filomena, mártir romana, criou grupo de senhoras e se tornou evangelizador dos pequeninos. Procurava tornar atraentes as comemorações religiosas como Corpus Christi, incluindo a arte.<br /><br />Era médium e alguns fenômenos de efeitos físicos ocorreram com sua presença, na primeira metade da década de 1820. Com o passar dos anos, Ars principiou a receber peregrinos de Lyon e de outros lugares, chegando o Cura a passar de doze a quinze horas no confessionário. Milhares de pessoas o procuravam para se confessar e saíam consoladas e impressionadas com a intuição do confessor, que parecia perceber a problemática de cada um. Aliava firmeza e suavidade evocando sempre o amor do Bom Deus.<br /><br />A aldeia precisou criar infraestrutura de hospedagem e alimentação para os peregrinos, que vinham de muito longe, dada a fama do Cura, a partir de 1840, que já era chamado de "o Santo de Ars". Vianney tinha crises existenciais, se achava incompetente para a tarefa, mas a oração diária, três horas pela manhã cedo, e o desejo de servir ao próximo o fizeram ser amado por todos. Desejava sair de Ars, mas seus superiores não permitiam e, quando se recolheu, certa feita, em sua aldeia, em 1843, exausto, jovens dessa aldeia foram visitá-lo, prestando-lhe solidariedade. Voltou uma semana depois, recebido em festa pela multidão.<br /><br /><i>Uma vida dedicada a servir e a ouvir</i><br /><br />Afirmam alguns, que com ele conviveram, que muitas vezes ele chorava com os que iam se confessar e que tocava o fundo do coração das criaturas que o buscavam. Terapeuta inato, dialogava sobre as razões de viver que as criaturas deveriam buscar e sobre o amor do Bom Deus. Foi envelhecendo e ficando doente, após décadas de serviço. Em 1859, recebeu os sacramentos e ao ser indagado se estava cansado, respondeu: "Oh, não. Choro pensando na grande bondade de Nosso Senhor em vir visitar-nos nos últimos momentos." Em 4 de agosto de 1859, deixava o cansado corpo físico calmo e sereno.<br /><br /><i>Exemplos</i><br /><br />O Cura d’Ars é um extraordinário exemplo de superação e desejo de servir. Reconhecia suas deficiências intelectuais, mas a fé e uma firme vontade lhe proporcionaram uma força incrível no serviço ao próximo.<br /><br />O cuidado com os necessitados, o visitar cotidianamente os paroquianos, a preocupação com todas as faixas etárias, a disponibilidade para atender às multidões carentes, a disciplina da oração e da pregação, a visão social da importância da educação para homens e mulheres, a busca de metodologias mais agradáveis para conquistar o público para a temática religiosa, a confiança no amor e amparo divinos são alguns dos legados desse sacerdote que, por ser considerado ignorante, foi enviado para a pequena Ars. Não haviam percebido suas qualidades de devotado servidor do Cristo. Tornar-se-ia padroeiro dos sacerdotes e foi canonizado em 31 de maio de 1925, pelo Papa Pio XI.<br /><br />Em O Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos, no capítulo VIII, item 20, a mensagem intitulada "Bem-aventurados os que têm fechados os olhos", revelando toda sua humildade e submissão à vontade de Deus.<br /><br />Em dias de tanta solidão entre as criaturas, o exemplo do Cura d’Ars nos convida a sairmos da indiferença diante do outro, ao mergulho interior que nos proporciona a condição de ouvir para ser útil, à luta constante pela superação das nossas próprias fragilidades.</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-66552557468302203062024-03-06T18:31:00.000-08:002024-03-10T14:06:11.875-07:00Espíritos do Evangelho (18)<p>Francisco Muniz</p><p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgDX-pCuP8RPzYtigO4TwRZ2a4_pmHcKxkP_m3Jdbc81FLqyW-TuX_WLj1WEE3Lh0pTuRPV_oU2a8-3TbaI0JohBhoggM6yCW_vYt4wujIu0M8rD-0yZjXenI6J_nTtgtb41VNR2aC65SJHVNWnXwVOqJBu0etOVX52htmSEmdmHFQ2PigcSZZOxOKHiZ8" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="144" data-original-width="351" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgDX-pCuP8RPzYtigO4TwRZ2a4_pmHcKxkP_m3Jdbc81FLqyW-TuX_WLj1WEE3Lh0pTuRPV_oU2a8-3TbaI0JohBhoggM6yCW_vYt4wujIu0M8rD-0yZjXenI6J_nTtgtb41VNR2aC65SJHVNWnXwVOqJBu0etOVX52htmSEmdmHFQ2PigcSZZOxOKHiZ8" width="320" /></a></div><br /><br /></div><p><b>18. Um Espírito Protetor</b> (Bordeaux, 1863; 1861; Lyon, 1860; 1861; Paris, 1860; 1863; Cracóvia, 1861)</p><p>O eufemismo Espírito Protetor é utilizado pela Entidde comunicnte que assim assina as mensagens recebidas mediunicamente nas cidades francesas de Bordeaux, Lyon e Paris, além da polonesa Cracóvia. É possível que não se trate do mesmo Espírito, mas vários, sendo todos e cada um deles protetores dos médiuns que lhes serviram de intérpretes e estão na mesma condição do Anjo da Guarda já referido aqui anteriormente. </p><p>Tudo para enfatizar o axioma de que muito mais vale a mensagem que o nome do mensageiro. Se, de acordo com Allan Kardec, devemos observar o fundo e não a forma dos ditados espirituais, bem mais valor tem o ensino moral dado pelos Espíritos que o nome de que eles se utilizam, uma vez que tais nomes podem não representar nada para o Homens, ao passo que o ensinamento fará muita diferença. </p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-818177618235998452024-03-05T14:51:00.000-08:002024-03-05T14:51:35.618-08:00Espíritos do Evangelho (17)<p>Francisco Muniz</p><p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc. XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultura espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjZHyIW8oGbXXaBfMQJBnAn4DUkc9RIkJ6Mp2cjWzO7H1pPY1pykKXVdyuGNbuiyjb6yjERDTZFjJmYwyzTHu9HEw0pAE6HOtX56tSNrId1IjPzFTpIQwAOYkXxQAVQSg4QBXeYE8AqBgaH3om0448p61f6OeFxdvisYkSlbG7nBjAcDJVwBfHj34a2jZc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="302" data-original-width="230" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjZHyIW8oGbXXaBfMQJBnAn4DUkc9RIkJ6Mp2cjWzO7H1pPY1pykKXVdyuGNbuiyjb6yjERDTZFjJmYwyzTHu9HEw0pAE6HOtX56tSNrId1IjPzFTpIQwAOYkXxQAVQSg4QBXeYE8AqBgaH3om0448p61f6OeFxdvisYkSlbG7nBjAcDJVwBfHj34a2jZc" width="183" /></a></div><br /><br /></div><p><b>17. João, o Evangelista</b> (Paris, 1863)</p><p>É de João, o apóstolo que Jesus amava, a mensagem do item 18 do capítulo d'O Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado "Bem-aventurados os puros de coração". Muito a propósito, ele fala, ali, sobre o tema "deixai vir a mim os pequeninos" (ou "as criancinhas"), versando a respeito da recomendação do Cristo quanto a assemelhar-se a "esses seres de passos vacilantes" todo aquele interessado em ter acesso ao Reino dos Céus. Nessa mensagem, João afirma que o Espiritismo foi revelado para as mulheres, "que são todas mães".</p><p>Seu título de evangelista significa que ele é autor de um dos muitos relatos que se escreveram sobre a figura e a missão de Jesus de Nazaré na Palestina de dois mil anos atrás. Considerado excessivamente místico e, por isso, de difícil compreensão, o Evangelho de João é, em verdade, um compêndio da profundidade dos ensinamentos do Cristo, uma vez que cada palavra, cada número, cada conceito ali simbilizado traz lições que exigem acurada percepção dos aprendizes. João também é autor de um dos livros mais complexos do Novo Testamento, o Apocalipse, recebido mediunicamente quando o apóstolo encontrava-se cumprindo pena na ilha grega de Patmos, por ordem do imperador de Roma. </p><p>Por ser o apóstolo que Jesus amava, foi a ele que o Messias confiou Maria, sua mãe, enquanto expirava na cruz, ao mesmo tempo em que dizia que doravante João seria também o filho da Santíssima. Por tal razão, assim que lhe foi mpossível, João instalou a Mãe do Senhor numa casinha humilde na cidade de Éfeso, onde Maria viria a desencarnar, em idade provecta. Além dos dois livros do Novo Testamento, ele também legou duas epístolas à cristandade, nas quais reforça o apelo do Cristo nos entido de nos esforçarmos para a prática do amor incondicional, a fim de mais merecermos das alegrias espirituais.</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-73894969729975242432024-03-04T08:44:00.000-08:002024-03-04T08:44:57.532-08:00Espíritos do Evangelho (15)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiSmrNed2ABjXuEWG4srzDuTtbiLpV4NeZanMxiEFxCAINJ73OAn-997PgvDG43YLRg1ISSJpOczDYceDpquQvv0y9EMU9j-xDDiS6BOJxj43abW0jkrskAbyFJ109VPqum9CPto_Aytn7n8ZGPps-zbIIjhQBst3vgBQfikKN306pJ3W_VcczGp_z5YnM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="764" data-original-width="649" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiSmrNed2ABjXuEWG4srzDuTtbiLpV4NeZanMxiEFxCAINJ73OAn-997PgvDG43YLRg1ISSJpOczDYceDpquQvv0y9EMU9j-xDDiS6BOJxj43abW0jkrskAbyFJ109VPqum9CPto_Aytn7n8ZGPps-zbIIjhQBst3vgBQfikKN306pJ3W_VcczGp_z5YnM" width="204" /></a></div><br /><div><p><b>15. Adolfo, Bispo de Alger</b> (Marmande, 1862; Bordeaux, 1861)</p>Antoine-Louis-Adolphe Dupuch nasceu em Bordeaux, a 20 de maio de 1800, e desencarnou a 11 de julho de 1856, tendo sido um religioso católico da França. Órfão aos 11 anos, foi criado pelo tio. Estudou no Liautard Institute, em Paris, depois Collège Stanislas. Após a formatura, estudou direito e, em 1820, em Bordeaux, formou-se como um advogado. Em 1822 ele entrou para o seminário de Issy em Paris e, em 1825, em Saint-Sulpice, para os sacerdotes ordenados. Depois disso, atuou em diversas funções pastorais e caritativas na Arquidiocese de Bordeaux. Por seu serviço durante a epidemia de cólera de 1835, ele foi condecorado com a Cruz da Legião de Honra. Em 1836, fundou um orfanato.<br /><br />Em 25 de agosto de 1838 foi nomeado bispo de Argel, embarcando em 31 de dezembro para a Argélia, colônia da França, a fim de assumir o controle da diocese de cerca de 20.000 a 60.000 soldados e colonos. Dupuch dedicou-se com grande zelo para a construção de uma diocese cristã no ambiente islâmico e também trouxe muitas comunidades religiosas para a Argélia, o que lhe acarretou muitas despesas. Apoiou o trabalho de Santa Emily de Vialar, embora tenha, em 1840, trabalhado contra o reconhecimento papal da ordem das Irmãs de São José da Aparição, o que só ocorreria em 1862. Em 1841 Dupuch organizou uma troca de prisioneiros com o Emir Abd el-Kader. Mas antes que seu trabalho pudesse dar frutos, a ruína financeira levou seu trabalho ao fim. Em 9 de dezembro 1845 ele renunciou e voltou para a Europa.<br /><br />Dupuch viveu 15 meses em Turim, onde fez campanha para a libertação de prisioneiros, incluindo Abd-el-Kader, da prisão. Em 1851 retornou por um curto tempo para Bordeaux e novamente teve que fugir para o exterior devido a seus credores, desta vez indo para a Espanha. Só depois de o governo francês haver saldado a dívida é que Dupuch poderia voltar à sua terra natal, onde morreu em 1856. Seu sucessor em Argel, Louis Pavy, providenciou em 1864 para obter os restos mortais de Dupuch para a Argélia. onde foram enterrados na Catedral de Argel.</div><div><br />Segundo algumas fontes, Adolfo foi a reencarnação de Ignácio de Antioquia, este um discípulo direto de João Evangelista. Também, por ocasião da reencarnação do Evangelista como Francisco de Assis, Ignácio foi o frade Bernardo de Quintavalle, um dos primeiros discípulos do Poverello de Assis. As mensagens espirituais por ele ditadas nas cidades de Bordeaux e Marmande foram aproveitadas por Allan Kardec nos capítulos VII (item 12), sobre o orgulho e a humildade, e XIII (item 11), sobre a beneficência.</div><p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /><p></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-17665369866155557982024-03-02T03:58:00.000-08:002024-03-04T12:48:32.044-08:00Espíritos do Evangelho (16)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiVwAO3IWPlR_echB9tAHgldHo2ilwlXGm6EnCR3eoS0VZSZa3HEy1GPHrDEj4vra9W9pu7m2txJLZK4rrfw-SqvayKq3HoirddaXctyWb7Po_JUH29tbIXUDHwc2yGpfFe8Dos_cyqfc2K4tO7NLVHSUwvpKlxV_aKWHRr9rygDeUI0nu3au0ICJeqRoo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="180" data-original-width="279" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiVwAO3IWPlR_echB9tAHgldHo2ilwlXGm6EnCR3eoS0VZSZa3HEy1GPHrDEj4vra9W9pu7m2txJLZK4rrfw-SqvayKq3HoirddaXctyWb7Po_JUH29tbIXUDHwc2yGpfFe8Dos_cyqfc2K4tO7NLVHSUwvpKlxV_aKWHRr9rygDeUI0nu3au0ICJeqRoo" width="320" /></a></div><br /><b style="text-align: left;">16. Ferdinando, Espírito protetor</b><span style="text-align: left;"> (Bordeaux, 1861; 1862)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div>Ensina-nos a Doutrina Espírita que todos contamos com a ajuda dos Espíritos desencarnados, voltados ao bem, os quais, pela intuição, buscam nos orientar e auxiliar. Entidades amigas, Espíritos familiares, desta ou de outras existências, os Espíritos Protetores se incumbem de nos induzir ao esforço do bem e do progresso. Dentre os Espíritos Protetores destacamos os chamados guias espirituais, que se vinculam, particularmente, a um indivíduo para protegê lo. </div><div><br /></div><div>A missão do Espírito Protetor ou guia espiritual é a mesma de um pai com relação aos seus filhos, ou seja, guiar seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, confortá-lo em suas aflições, etc. Assim como os indivíduos, também os lares, as famílias e as coletividades contam com Espíritos protetores, cuja elevação é sempre relativa à importância da tarefa que desempenham. Em nossas dificuldades, cumpre-nos solicitar ajuda dos nossos guias protetores, os quais, em nome de Deus, nos auxiliam na superação de nossas provas.</div><div><br /></div><div>Ferdinando era um desses guias protetores dos médiuns que assistiam nas reuniões espíritas de Bordeaux, mormente o Sr. Sabò, através do qual transmitiu, naquela cidade francesa, duas mensgens inseridas em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Numa delas, a de 1862, Ferdinando trata da "missão do homem inteligente na Terra", revelando que "a inteligência é rica de méritos para o futuro", desde que seja bem utilizada e indene de toda mancha de orgulho e vaidade, porquanto nosso saber "tem limites bem estreitos", no mundo que habitais: "O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesma lhe deu". </div><p><br /></p><p><br /></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-77608044901165286552024-03-01T14:13:00.000-08:002024-03-01T14:13:42.839-08:00Espíritos do Evangelho (13)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgqpejpnKCBXLLOr1JsYxNEZY60nYrAQeIbgY-WiJMbVIKJJ7B49L81-hNHvees1Id2vJmwrgHd03yerQXOFHnhEzbXowvEZeW2tmKoaOK9X5Q0ai0O2hdCr0adGqiMJ8qMBDw5Cc8a-KpEWmir-A5Z-_Z_qRPdv4-6XFKeLHDYt2ydXZKCzZRWs7_NV4g" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="141" data-original-width="357" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgqpejpnKCBXLLOr1JsYxNEZY60nYrAQeIbgY-WiJMbVIKJJ7B49L81-hNHvees1Id2vJmwrgHd03yerQXOFHnhEzbXowvEZeW2tmKoaOK9X5Q0ai0O2hdCr0adGqiMJ8qMBDw5Cc8a-KpEWmir-A5Z-_Z_qRPdv4-6XFKeLHDYt2ydXZKCzZRWs7_NV4g" width="320" /></a></div><br /><br /></div><p><b>13. Bernardin, Espírito Protetor</b> (Bordeaux, 1863)</p><p>No capítulo sobre os Espíritos felizes descritos por Allan Kardec no livro "O Céu e o Inferno" consta um relato desse Espírito, ditado na cidade de Bordeaux e datado de 1862, no qual ele se revelaa inteiramente. Vejamos:<br /><br />"Sou um Espírito esquecido há muitos séculos. Vivi na Terra em miséria e opróbrio. Trabalhei sem descanso para dar cada dia à minha família um pedaço de pão insuficiente. Mas eu amava o verdadeiro Mestre, e quando aquele que me sobrecarregava na Terra fazia aumentar o meu fardo de dores, eu dizia: meu Deus, dai-me a força para suportar esse peso sem me lamentar.<br /><br />"Eu estava em expiação, meus amigos, mas ao sair dessa rude prova o Senhor me recebeu na sua paz e o meu desejo mais caro é o de reunir todos vós ao redor de mim, meus filhos, meus irmãos, e dizer-vos: qualquer que seja o preço pago na Terra, a felicidade que vos espera está muito acima dele.<br /><br />"Nunca tive posição. Filho de numerosa família, servi aos que podiam me ajudar a suportar a vida. Nascido numa época em que a servidão era cruel, suportei todas as injustiças, todas as cargas e todos os excessos que os auxiliares do patrão quiseram impor-me.<br /><br />"Vi minha mulher ultrajada, minhas filhas raptadas e depois rejeitadas, sem que pudesse queixar-me. Vi meus filhos envolvidos em roubos e outros crimes, sem o quererem, e depois enforcados por crimes que não cometeram.<br /><br />"Se soubésseis, pobres amigos, o que sofri numa tão longa existência! Mas eu esperava, eu esperava a felicidade que não é da Terra e que o Senhor por fim me concedeu. A todos vós, portanto, meus irmãos, desejo coragem, paciência e resignação.<br /><br />"Meu filho, podes guardar o que te dei: é um ensinamento prático. Aquele que prega é melhor ouvido quando pode dizer: eu suportei mais do que vós, e suportei sem me queixar."</p><p>Os espíritas de Bordeaux que recepcionaram essa mensagem tiveram a oportunidade de questionar o Espírito, como segue:<br /><br />"<b>P. Em que época viveste?</b><br />— De 1400 a 1460.<br /><br />"<b>P. Tiveste nova existência depois?</b><br />— Sim, vivi ainda como missionário entre vós. Sim, um missionário da fé, mas da verdadeira, da pura, daquela que nos vem da mão de Deus e não daquela que os homens fizeram.<br /><br />"<b>P. Agora, como Espírito, ainda tens ocupações?</b><br />— Poderias pensar que os Espíritos ficam inativos? A inatividade, a inutilidade seria para eles um suplício. Minha missão é a de guiar centros de trabalhadores no Espiritismo. Inspiro-lhes bons pensamentos e me esforço para neutralizar aqueles que os maus Espíritos tentam sugerir."</p><p>(Fonte: luzdoespiritismo.com)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-59174886841468168322024-03-01T05:44:00.000-08:002024-03-02T14:29:20.859-08:00Espíritos do Evangelho (14)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhAAXEb-hI7Y1O8DwNIOuaE4w4DFTUQF4izlOduELle_pstE-wHHp1dy5OfTkNaLKxAw8OpLIrStWyQ3RVH7ngTy0HbWy_hdnSI6nO5gqTxzzcIQilssGWl4veJy-HEYxH7579o-xlz_DS44mtrHjIIKe8MJNKgSFedM3satFoNbknpmgrrLoNKxmduRuM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="194" data-original-width="259" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhAAXEb-hI7Y1O8DwNIOuaE4w4DFTUQF4izlOduELle_pstE-wHHp1dy5OfTkNaLKxAw8OpLIrStWyQ3RVH7ngTy0HbWy_hdnSI6nO5gqTxzzcIQilssGWl4veJy-HEYxH7579o-xlz_DS44mtrHjIIKe8MJNKgSFedM3satFoNbknpmgrrLoNKxmduRuM" width="320" /></a></div><br /><br /></div><div><b>14.Espírito de Verdade</b> (Paris, 1861; 1862; Bordeaux, 1861; Havre, 1861)</div><div><br /></div>Consta do Evangelho de João, capítulo 16, versículos 12 e 13, a seguinte promessa de Jesus: Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.<br /><br />Sabemos que Jesus, por conta da limitação intelectual e moral da criatura humana, não pôde dizer tudo à Sua época. Por isso, muitas vezes, utilizou de alegorias e ensinou através das parábolas, mas, na Santa Ceia, no trecho citado do Evangelho de João, afirmou que viria o Espírito de Verdade para nos guiar através da verdade.<br /><br />Encontramos na Codificação Espírita diversas mensagens atribuídas ao Espírito de Verdade, e sabemos que Ele é o responsável pela vinda da veneranda Doutrina Espírita e atuou diretamente no período da Codificação, inspirando Allan Kardec e dirigindo espiritualmente sua tarefa.<br /><br />Há, no meio espírita, basicamente, três posicionamentos sobre quem seria o Espírito de Verdade: 1. seria o próprio Cristo; 2. seria João Batista; 3. seria um grupo de Espíritos elevados atuando sob a direção do Cristo.<br /><br />Na Revista Espírita, de março e junho de 1862, há a evocação de dois membros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que regressaram à Espiritualidade: Sr. Jobard e Sr. Sanson.<br /><br />O Sr. Jobard, ao ser questionado por Allan Kardec sobre os Espíritos que estava vendo, diz: Vejo, principalmente, Lázaro e Erasto; depois, mais afastado, o Espírito de Verdade, planando no espaço; depois uma multidão de Espíritos amigos que vos cercam, agradecidos e benevolentes. Sede felizes, amigos, porque boas influências vos disputam às calamidades do erro (março de 1862).<br /><br />O Sr. Sanson, por sua vez, diz que estava vendo o Espírito de Verdade, Santo Agostinho, Lamennais, Sonnet, São Paulo, Luís e outros amigos, conforme consta da Revista Espírita de junho de 1862.<br /><br />Diante dessas valorosas informações, podemos excluir a ideia de que o Espírito de Verdade seria um grupo de Espíritos, pois, na verdade, trata-se de um Espírito.<br /><br />Na obra O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo VI, encontramos uma das mais belas mensagens do Espírito de Verdade: Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar aos incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”<br /><br />(…) Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana. (…) Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.<br /><br />Esta mensagem também se encontra em O livro dos Médiuns, no capítulo XXXI, item IX, e no final, numa nota, Allan Kardec diz que ela foi recebida por um dos melhores médiuns da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e foi assinada pelo Espírito Jesus de Nazaré.<br /><br />O Codificador fala da elevação e das ideias constantes da mensagem, deixando a cada um a avaliação da autenticidade da autoria.<br /><br />O conteúdo da mensagem realmente é elevado e também se percebe pelas palavras utilizadas, como, por exemplo. .. e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!” que somente poderia ter sido ditada pelo Espírito que a assina.<br /><br />Dada a seriedade do assunto ora tratado, buscamos outras mensagens de autoria do Espírito de Verdade, com o escopo de analisarmos o conteúdo e as palavras usadas, a fim de esclarecermos Sua identidade.<br /><br />Na Revista Espírita, de dezembro de 1864, há uma mensagem do Espírito de Verdade, onde Ele faz referências à obra O Evangelho segundo o Espiritismo, lançado naquele ano:<br /><br />Um novo livro acaba de aparecer; é uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha. Há dezoito séculos vim, por ordem do meu Pai, trazer a palavra de Deus aos homens de vontade. Esta palavra foi esquecida pelo maior número, e a incredulidade, o materialismo vieram abafar o bom grão que eu tinha depositado em vossa terra.<br /><br />Há várias moradas na casa do Pai, disse-lhes eu há dezoito séculos. Estas palavras o Espiritismo veio fazê-las compreendidas.<br /><br />Encontramos, ainda, em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo VI, outra magnífica lição do Espírito de Verdade: Eu sou o grande médico das almas, e venho trazer-vos o remédio que vos deve curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos, e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados, e sereis aliviados e consolados.<br /><br />Dessa forma, perguntamos:<br /><br />Quem é o grande médico das almas?<br /><br />Quem trouxe a palavra de Deus aos homens de vontade?<br /><br />Quem disse: Há muitas moradas na Casa do Pai?<br /><br />Quem afirmou: Vinde a mim, todos vós que sofreis…?<br /><br />Não há dúvidas.<br /><br />O Espírito de Verdade é Jesus, que voltou para cumprir a promessa de enviar o Consolador Prometido, de forma que Ele cuidou diretamente da vinda do Espiritismo à Terra, sendo que os demais Espíritos que colaboraram na Codificação, tais como Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, Sócrates, Platão, Paulo, São João Evangelista, Erasto, agiram sob Sua inspiração direta.<br /><br /><i>(Fonte: artigo de Alessandro Viana Vieira de Paula no jornal Mundo Espírita - mundoespirita.com.br)</i><p><br /></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-1218098744510346842024-02-29T16:07:00.000-08:002024-02-29T16:07:56.632-08:00Espíritos do Evangelho (12)<p> As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhkMn3UUDoTNX6eAKXVx5TibDNCa3LtH23tmUQHY_9FQfttfgTzoixD5w8DCj2PnuwO9216EBWF6jka3pPn8XjhdtAXUfBdGzdJTJnjnvkpqL0O2-rU7pPmPnI8AeZ7LG7ujPPqfAavXoC9sEQHTijhPblkgct-SIOMd0mzYwWAEv2iFRl_k0LzLNu7BaQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="194" data-original-width="259" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhkMn3UUDoTNX6eAKXVx5TibDNCa3LtH23tmUQHY_9FQfttfgTzoixD5w8DCj2PnuwO9216EBWF6jka3pPn8XjhdtAXUfBdGzdJTJnjnvkpqL0O2-rU7pPmPnI8AeZ7LG7ujPPqfAavXoC9sEQHTijhPblkgct-SIOMd0mzYwWAEv2iFRl_k0LzLNu7BaQ" width="320" /></a></div><br /><br /></div><p><b>12. Um Anjo da Guarda</b> (Paris, 1863)</p><p>Eis mais um Espírito comunicante cuja identidade parece-nos impossível devassar, mas permite-nos fazer alguma digressão acerca da condição do Anjo da Guarda, nomenclatura conhecida de nossa herança judaico-cristã e explorada consideravelmente pela Doutrina Espírita. Assim é que nas obras da Codificação, especialmente em O Livro dos Espíritos e em O Evangelho Segundo o Espiritismo, temos notícias desses amigos invisíveis que por ordem de Deus nos acompanham durante a encarnação.<br /><br />Nossa jornada ao mundo corpóreo é decidida ainda no plano esiritual. É nesse momento que pela misericórdia divina também nos é oferecido o véu do esquecimento, conforme vemos na questão 372 de O Livro dos Espíritos: "O homem nem pode nem deve saber tudo; Deus assim o quer na sua sabedoria. Sem o véu que lhe encobre certas coisas, o homem ficaria ofuscado como aquele que passa sem transição da obscuridade para a luz Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo."<br />— O Livro dos Espíritos, questão 372.<br /><br /><i>Espírito protetor ou anjo da guarda</i></p><p>Nesta passagem da vida espiritual e retorno à vida corporal, eis que diante da misericórdia divina recebemos um guia. Podemos dizer que Deus nos oferece um guia protetor, um espírito de luz, mais adiantado que nós na evolução. É alguém que nos guiará sempre que quisermos, conforme observamos também em O Livro dos Espíritos, da questão 489 a 521. Sobre a missão do espírito protetor, vemos que é: "A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições sustentar sua coragem nas provas da vida." — O Livro dos Espíritos, questão 491.<br /><br />Muitas vezes nos questionamos: se temos anjo guardião, ou espírito protetor, por que caímos? A espiritualidade esclarece a Allan Kardec em O Livro dos Espíritos o porquê de o espírito protetor por vezes se afastar: "Afasta-se, quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o chame." — O Livro dos Espíritos, questão 495.<br /><br />A espiritualidade superior informa que a influência dos espíritos em nossa vida é maior do que podemos imaginar, a ponto de, em muitas ocasiões, eles mesmos nos guiarem, sem que o percebamos. A influência dos Espíritos pode ser vista então por dois ângulos: de um lado há uma plêiade de Espíritos que nos conduz ao bem. Do outro lado, há aqueles com os quais temos um histórico de dívidas e que podem querer nossa queda. Se estamos aptos a receber tanto as mensagens dos que nos querem bem quanto as dos que querem o contrário, cabe a nós refletir e decidir. É onde entra nosso livre arbítrio.<br /><br />Na questão 495 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec inclui uma mensagem de São Luís e Santo Agostinho, em que eles orientam-nos a não recear fatigar nossos anjos guardiões com nossas questões. É exatamente esta a missão destes Espíritos, que agem como nossos protetores e alegram-se ao ver-nos recorrendo à sabedoria de um Espírito mais experiente, que quer nosso bem.<br /><br />Não cabe ao Espírito protetor nos retirar o fardo que devemos carregar. Mas certamente nos aliviará e instruirá por meio de nossa intuição ou mesmo em sonhos a melhor forma de carregá-lo, dando-nos coragem e bom ânimo nos momentos mais difíceis.<br /><br /><i>Quem são nossos anjos da guarda?</i><br /><br />Temos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, uma definição: "Todos temos, ligado a nós, desde o nosso nascimento, um Espírito bom, que nos tomou sob a sua proteção. Desempenha, junto de nós, a missão de um pai para com seu filho: a de nos conduzir pelo caminho do bem e do progresso, através das provações da vida. Sente-se feliz, quando correspondemos à sua solicitude; sofre, quando nos vê sucumbir." — Capítulo 28 item 11.<br /><br />Podem então surgir as indagações: qual o nome do meu Espírito protetor? Quem é, quem foi, por que se propõe a me ajudar?<br /><br />Ainda em O Evangelho Segundo O Espiritismo, vemos que: "Seu nome pouco importa, pois bem pode dar-se que não tenha nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como nosso anjo guardião, nosso bom gênio. Podemos mesmo invocá-lo sob o nome de qualquer Espírito superior, que mais viva e particular simpatia nos inspire. Além do Anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre amigos, ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida. Espíritos simpáticos são os que se nos ligam por uma certa analogia de gostos e pendores. Podem ser bons ou maus, conforme a natureza das inclinações nossas que os atraiam." — Capítulo 28 item 11.<br /><br />Portanto, Espírito protetor ou anjo da guarda, independente de como o chamarmos, o intuito desse ser é sempre de nos proteger. Ao nos sintonizarmos com ele, pela prece, e em bons pensamentos ao elevar nosso estado mental, teremos nossas atitudes sendo amparadas. Assim, por intermédio do Espírito protetor, sabemos que estamos sempre com Jesus, que não nos abandona, e com Deus, nosso criador e pai amoroso, que nunca desampara Seus filhos.<br /><br />A mensagem abaixo publicada na Revista Espírita de setembro de 1862 traz um poema em homenagem a esses trabalhadores de Jesus que nos amparam e protegem em Seu nome.<br /><br /><b><i>O anjo da guarda</i></b></p><p>Pobres homens, num mundo em convulsão,<br />Com oração secai os prantos,<br />E não temais ruja o trovão,<br />Perto de vós há os anjos santos.<br />Deus é tão bom. Deus vosso Pai,<br />A todos vós sempre quis dar<br />Um pequeno anjo que não cai<br />No esforço de vos proteger.</p><p>Escutai nossa voz amiga.<br />Oh! Ver-vos cheios de alegria;<br />E após a dor que vos fustiga<br />Ao céu levar-vos com valia!<br />Pudésseis vós sorrir nos ver<br />Da vossa infância nos primeiros passos,<br />Vossos olhos, mortais, nos nossos olhos ler<br />Podiam nossa dor ao ver-vos nos maus laços!</p><p>Mas escutai: Vos temos que ensinar<br />O segredo, no bem, de vossa integração,<br />Que a vós também, há de chegar<br />Serdes, um dia, anjo guardião.<br />Sim, quando terminar a vossa prova<br />Deus vos receberá o Espírito esmerado,<br />E vos enviará, na Terra, a uma alma nova,<br />Um belo nascituro a quem sereis levado.<br />Amai-o bem e que vossa assistência,<br />O pobrezinho tenha cada dia<br />De seu anjo guardião maternal companhia;<br />Por vossa vez, guiai com paciência<br />Vosso pupilo e irmão à dos céus moradia.</p><p>(Sociedade Espírita Africana – Médium: Srta. Dulce.)</p><p>(Fonte: aefc.org.br)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-37352603092821205442024-02-28T15:55:00.000-08:002024-02-28T15:55:58.551-08:00Espíritos do Evangelho (11)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjmrLnOQ9ulw1NHW4Sy_Tnuu3ZTqVt2E8s3g1rzpC5_enk8KoqaQHG_2N5RHTiE6i0iWKOoXp5P0-ZGoOKJS9S4g8Ayb5cMWU1vtKGe_qdsG5iTZiPXJOhbV1xonfMOeV79I1HAvSURFPL_OoZCcoDR5wDbqUuBR1VrqTnXs6Ryh6H8vov82Fh1N8Wa7tQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1390" data-original-width="866" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjmrLnOQ9ulw1NHW4Sy_Tnuu3ZTqVt2E8s3g1rzpC5_enk8KoqaQHG_2N5RHTiE6i0iWKOoXp5P0-ZGoOKJS9S4g8Ayb5cMWU1vtKGe_qdsG5iTZiPXJOhbV1xonfMOeV79I1HAvSURFPL_OoZCcoDR5wDbqUuBR1VrqTnXs6Ryh6H8vov82Fh1N8Wa7tQ" width="150" /></a></div><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: left;">11.François de Genève</b><span style="text-align: left;"> (Bordeaux)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div>Muito provavelmente, trata-se de S. Francisco de Sales, que nasceu em 1567, no Castelo de sua família, os barões de Boisy, em Sales, próximo a Annecy, na Savoia. Os pais eram de alta nobreza e muito religiosos. Sua mãe frequentemente lhe fazia uma leitura da vida dos santos, temperando-a com instruções adequadas. Francisco devia acompanhá-la até nas visitas que fazia aos pobres e doentes e era ele quem dava as esmolas aos necessitados.<br /><br />Tendo seis anos, Francisco frequentou o colégio de Rocheville, e mais tarde o de Annecy e a Universidade de Pádua, na Itália, onde recebeu o doutoramento em Direito Canônico, com 24 anos. No meio dos trabalhos escolares, Francisco não se esquecia das práticas religiosas. Oração e leitura espiritual eram-lhe companheiras inseparáveis. Durante algum tempo, entrou como que num processo obsessivo, e tinha dificuldade de “desvencilhar-se das tentações, com que o demônio o atormentava.”</div><div><br /></div><div>Recusou uma brilhante carreira e resolveu estudar para ser sacerdote, apesar da oposição da família. Foi ordenado em 1593, tornando-se reitor em Genebra, Suíça. Após, foi para Chablais, cantão suíço na região da Saboia, onde foi pároco e logrou trazer 8.000 calvinistas de volta à Igreja. Ali escreveu diversos textos em defesa da fé, que foram publicados com o título “Controvérsias e Defesa do Estandarde da Santa Cruz”.<br /><br />Em 1599 Francisco foi indicado como bispo coadjutor em Genebra, tendo sucedido como bispo em 1602, enfrentando árduas tarefas, porque deveria enfrentar os calvinistas, considerados hereges. Fundou várias escolas e estabilizou a Igreja na região. Foi também diretor espiritual de São Vicente de Paulo. Tornou-se uma figura líder da Reforma Católica, também chamada de “Contra-reforma”, e ficou famoso por sua sabedoria e ensinamentos.<br /><br />Em 1609, seus escritos (cartas, pregações) foram reunidos e publicados com o título "Introdução à vida devota" ou “Filoteia”, que é sua obra mais importante e editada até hoje. Outra obra que também é ainda editada é o “Tratado do Amor de Deus”, fruto de sua oração e trabalho.<br /><br />Negócios urgentes requereram sua presença em Lyon, por ocasião do Natal, quando sofreu uma congestão cerebral, que o deixou paralítico, mas conseguindo falar. Faleceu em Lyon em 1622. Seus restos mortais se encontram na Igreja da Visitação, em Annecy. Foi beatificado no ano em que faleceu e foi a primeira beatificação a ser formalizada na Basílica de São Pedro. Foi canonizado em 1655 pelo Papa Alexandre VII e em 1867 foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio IX.<br /><br />Em 1632, na exumação dos seus restos mortais, o seu corpo encontrava-se em perfeito estado e inclusive com elasticidade nos braços, e ao mesmo tempo uma fragrância doce emanava de seu túmulo. São Francisco de Sales aceitou em sua casa um jovem com dificuldade de audição e criou uma linguagem de símbolos para possibilitar a comunicação. Essa obra de caridade conduziu a Igreja a dar-lhe um outro título, ou seja, o de Padroeiro dos de Difícil Audição (surdos).<br /><br />E talvez seja por ter sido tão famoso, de origem aristocrática, mas humilde, na página mediúnica, preferiu assinar François de Genève, ao invés de São Francisco de Sales.</div><div><br /></div><div>(Fonte: textosespíritas.wordpress.com)</div>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-5811131300847262922024-02-28T15:50:00.000-08:002024-02-28T15:54:42.680-08:00Esta data no Evangelho (29 de fevereiro)<p>Francisco Muniz</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiFIFqpBk2btp-D-ECTKHFcA3v95tiDPEkk1z2-8qpf1f6w-6AFn2JPDNaUGJDu2RV3I2Q5-ugb3eb6aVmQ5di9nfpoHLKPg9mgzH5_OYxLtaLGKZlngk-tjMlqonWi5iJgQjwAO1hYZS2rqt79-Dj7PI054u4yEC45YaT1IGc6h12ufUktYsLve32Wxos" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="168" data-original-width="300" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiFIFqpBk2btp-D-ECTKHFcA3v95tiDPEkk1z2-8qpf1f6w-6AFn2JPDNaUGJDu2RV3I2Q5-ugb3eb6aVmQ5di9nfpoHLKPg9mgzH5_OYxLtaLGKZlngk-tjMlqonWi5iJgQjwAO1hYZS2rqt79-Dj7PI054u4yEC45YaT1IGc6h12ufUktYsLve32Wxos" width="320" /></a></div><br /><br /></div><p>Neste dia 29 de fevereiro (um ano bissexto, porqanto), nosso estudo de algumas passagens do Novo Testamento nos leva ao versículo 29 do segundo capítulo do livro Atos dos Apóstolos, no qual o evangelista Lucas cita um "discurso de Pedro à multidão" enaltecendo a memória do rei Davi, antepassado de Jesus. O texto que hoje abordaremos, com base nas lições imorredouras da Doutrina Espírita, é o que segue, conforme lido na <b>Bíblia de Jerusalém</b>: </p><p><b>"Irmãos, seja permitido dizer-vos com toda franqueza, a respeito do patriarca Davi: ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo encontra-se entre nós até o presente dia."</b></p><p>Nota de rodapé na Bíblia de Jerusalém informa, citando o primeiro livro de Reis (2:10), que o túmulo do rei Davi, pai de Salomão, localizava-se "sobre a antiga colina de Sião, em nível mais baixo que o Templo". Diz também que "uma interpretação abusiva desse versículo deu origem à lenda do túmulo de Davi, venerado hoje no local tradicional do Cenáculo, na colina ocidental ue, desde os primeiros séculos cristãos, recebeu o nome de Sião". Dito isto, passemos ao nosso comentário.</p><p>O que o Apóstolo faz em seu discurso, pronunciado no dia de Pentecostes, é traçar um paralelo entre o grande patriarca e a figura emblemática do Cristo, o profeta nazareno que os judeus repudiaram, não o aceitando como o Messias esperado e anunciado pelas antigas profecias. O próprio Davi falava dele, afirmando que "eu via sem cessar o Senhor diante de mim: ele está à minha direita, para que eu não vacile". Ao citar o túmulo do nobre antepassado, Pedro quer dizer que lá estavam sepultados seus despojos físicos, o antigo corpo decomposto e reduzido a pó, uma vez tendo sido "corrompido" pela morte, o que não se deu com o Nazareno.</p><p>"A este Jesus Deus o ressuscitou, e disto todos nós somos testemunhas", exalta Pedro, no versículo 32, referindo o ponto fundamental da religião cristã: a ressurreição, o que faz do Cristo alguém sempre presente entre nós e cuja essência se derrama sobre os homens sensibilizados em seu amor. Naquele dia de Pentecostes, por exemplo, quando as chamadas "línguas de fogo" verteram sobre os discípulos reunidos em Jerusalém, era a essência do Cristo que se derramava, conforme o Pescador salientou (versículo 33), anunciando os dons mediúnicos: "Portanto, exaltado pela direita de Deus, ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e o derramou, e é iso o que vedes e ouvis".</p><p>A ressurreição, como bem sabemos pelo estudo do Espiritismo, é, no Cristo, a prova cabal da vida do Espírito independentemente da matéria, o que configura um mundo à parte do que presentemente habitamos. Esse mundo, de acordo com o ensinamento dos Espíritos, é o normal e primitivo, dele procedemos e para ele retornaremos ao fim de nosso périplo terreno. Esse mundo, assim como o nosso, o dos chamados "vivos", também tem leis próprias que regulam a vida espiritual e é ao conehcimento dessas leis que a Doutrina Espírita nos convoca, a fim de, suficientemente esclarecidos, possamos servir de intermediários entre os chamados "mortos" e nossos irmãos ainda presos na ignorância.</p><p>É dessa maneira que o exercício da mediunidade com Jesus, seguindo as seguras orientações de Allan Kardec, poderá nos facultar o conhecimento mais acurado dessas leis, que em rigor se encontram em nossa consciência e exigem um aprendizado diferenciado no tocante à devassa da realidade espiritual. Médiuns, todos o somos, mas nem todos estamos em condições de efetivamente procedermos ao intercâmbio com os Espíritos de modo realmente eficaz, porque não basta ser detentor da faculdade mediúnica, é preciso que conheçamos seus meandros a fim de nos qualificarmos como bons intérpretes da Verdade.</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-51036646694650603962024-02-28T01:41:00.000-08:002024-02-28T01:41:11.965-08:00Espíritos do Evangelho (10)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg85iRK8EXaGon_mMquvWZHjD4fpnVbiiG9hu0lV7_O3lAkrPpnKz_HMu6dSh1gH4vfzM3K9MBA3M0sinH5aeuckZAYsXD6G5aa8H-lcO6uMaH9duiGUXWOncnBGPXt-QMyk7M51E_k4hIA-MQ07gce_jl27GEGRIn_N-B_jroj0VMq0xmXMi38KzkziN0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="144" data-original-width="111" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg85iRK8EXaGon_mMquvWZHjD4fpnVbiiG9hu0lV7_O3lAkrPpnKz_HMu6dSh1gH4vfzM3K9MBA3M0sinH5aeuckZAYsXD6G5aa8H-lcO6uMaH9duiGUXWOncnBGPXt-QMyk7M51E_k4hIA-MQ07gce_jl27GEGRIn_N-B_jroj0VMq0xmXMi38KzkziN0" width="185" /></a></div><br /><br /></div><div><p><b>10. Delphine de Girardin</b> (Paris, 1861)</p>Nasceu Delphine Gay em Aix-La-Chapelle em 26 de janeiro de 1804, o mesmo ano do Codificador, e desencarnou na capital francesa em 29 de junho de 1855. Foi poetisa que frequentou os salões de Mme. Récamier. Casou-se com Émile de Girardin, jornalista e político francês, passando então a ser conhecida como a sra. Émile de Girardin.<br /><br />Ela mesma se tornou jornalista, após o casamento em 1831, escrevendo no jornal La Presse no período de 1836 a 1848, sob o pseudônimo de Visconde de Launay, interessantes crônicas da sociedade do tempo de Luís Filipe. Essas crônicas ficaram conhecidas como Cartas Parisienses. Publicou também romances, tragédias e comédias. Era, positivamente, grande médium inspirada.<br /><br />Personalidade muito conhecida no meio poético, frequentando os salões literários onde se reuniam as celebridades do momento, muito natural que ela tomasse contato com as mesas girantes. Desde o primeiro contato com as mesas ela se convenceu da veracidade das manifestações. Teve oportunidade de se encontrar com o professor Rivail pessoalmente. Possivelmente, em alguma das reuniões que ele frequentava, nas suas pesquisas em torno dos fenômenos que assombravam Paris.<br /><br />Amiga pessoal de Victor Hugo, os acontecimentos políticos do ano de 1851 e o exílio de seus amigos marcaram-na de forma cruel. Fiel à amizade, ela decidiu levar conforto moral aos pobres proscritos. Lançou-se ao mar e em 6 de setembro de 1853 desembarcou em Jersey, uma pequena ilha de 116 quilômetros quadrados.<br /><br />O cansaço a tomava por inteiro. A viagem foi excessivamente fatigante. Diga-se de passagem: ela já se encontrava doente. O câncer a devorava. Dinâmica, contudo, ela não se deixava abater em demasia. Um pouco triste e melancólica, mas igualmente feliz por rever seus amigos, ela reencontrou Victor Hugo e a família. À hora do jantar, narrou as notícias de Paris, no intuito de trazer um pouco da Pátria para os exilados. Com entusiasmo, referiu-se às mesas girantes. Na pequena ilha de Jersey algumas tentativas tinham sido feitas, sem sucesso.<br /><br />Delphine, sem aguardar a sobremesa, saiu em busca de uma mesa pequena, redonda. As sessões foram longas e cansativas. E, ao que parece, sem sucesso nos primeiros cinco dias. Victor Hugo, cético, aderiu às reuniões somente para não desgostar a amiga. Finalmente, no domingo, 11 de setembro, a concentração e o silêncio foram recompensados. Uma comunicação aconteceu. Uma comunicação que mudaria os rumos da vida do grande poeta francês. Quem se comunicou, através da mesa, foi nada mais, nada menos que sua filha Léopoldine. Sua amada filha, morta durante a lua de mel, afogada em um lago, num passeio de barco com o marido.<br /><br />Em <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> Delphine de Girardin, Espírito, assina a mensagem "A desgraça real", no capítulo V (Bem-aventurados os aflitos), item 24.</div><div><br /></div><div>(Fonte: feparana.com.br)</div><p><br /></p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-56851679867297760522024-02-26T13:01:00.000-08:002024-02-26T13:01:06.658-08:00Espíritos do Evangelho (9)<p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;">As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de </span><b style="text-align: left;">O Evangelho Segundo o Espiritismo</b><span style="text-align: left;"> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjXxJdcJ4bJ0ovqWXrVZEQYQokZDSIMpk62Co6jLidDZW2OZEuKyiW1NNZFcBJ5OYzwioQuwxyecpKaGJ2A3KfN_w-ygcXL6icxXTJzL8l0fuACfiNhRm4d5CphUzYoFJCKf-z6MmrL0S4wel3v9KyGH1GonuaTVQ-zLqUZICIZhZ19qbDBB7QrenYtTYc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="538" data-original-width="500" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjXxJdcJ4bJ0ovqWXrVZEQYQokZDSIMpk62Co6jLidDZW2OZEuKyiW1NNZFcBJ5OYzwioQuwxyecpKaGJ2A3KfN_w-ygcXL6icxXTJzL8l0fuACfiNhRm4d5CphUzYoFJCKf-z6MmrL0S4wel3v9KyGH1GonuaTVQ-zLqUZICIZhZ19qbDBB7QrenYtTYc" width="223" /></a></div><br /><br /></b></div><p><b>9. Sansão</b> (Paris, 1863*)</p><p>Sanson (ou Sansão) era membro da Sociedade Espírita de Paris e desencarnou no dia 21 de abril de 1862, após mais de um ano de sofrimentos cruéis, conforme nos informa o Codificador, na Revista Espírita do mês de maio do mesmo ano.<br /><br />Quase dois anos antes, Sanson dirigira a Kardec, na qualidade de Presidente da dita Sociedade, uma carta onde solicitava que, após a sua morte, fosse evocado o mais imediatamente possível. Isto fazia reafirmando um desejo que expressara cerca havia de um ano. O seu era o propósito de, através dessa espécie de autópsia espiritual, servir no além-túmulo, dando-lhe os meios de estudar fase por fase, nessas evocações, as diversas circunstâncias que se seguem ao que o vulgo chama a morte.<br /><br />Recomendando-se às preces dos companheiros da Sociedade Espírita de Paris, discorria ainda, na mesma missiva, sobre sua preocupação com respeito à escolha e oportuno momento de sua próxima reencarnação.<br /><br />Assim, ao morrer no dia 21 de abril de 1862, oito horas após a desencarnação e uma hora antes do enterro, ele foi evocado em uma das salas da Sociedade Espírita de Paris, sendo médium Leymarie, que não o conhecia, fazendo com que a mensagem fosse mais fidedigna. Enquanto o corpo de carne tombava no túmulo, a voz do Espírito se agigantava ao dizer ser uma graça especial de Deus "que permite ao meu Espírito comunicar-se".<br /><br />Ao ser questionado sobre as realidades que vivenciava, ele disse estar se sentindo feliz, não mais existindo suas dores, que a transição da vida terrena para a espiritual causou certa dificuldade de raciocínio, sentiu o vazio e o desconhecido, não se dera conta de onde estava, mas que naquele presente momento já estava se equilibrando. Com certeza, afirmou, a prece a Deus que fizera antes de entregar-se aos braços da morte lhe dera sustentação e completou: Sou Espírito. Minha pátria é o espaço e meu futuro, Deus, que irradia na imensidão.<br /><br />Agradeceu ao corpo, que jazia ao lado, ferramenta preciosa que auxilia a purificação do Espírito, e pediu que essas informações chegassem aos seus filhos, pois que tinham má vontade em crer.<br /><br />Ele sabia que Kardec leria algumas palavras de despedida no túmulo. Então, pediu: "Falai, pois, a fim de que os incrédulos tenham fé. Adeus. Falai. Tende coragem e confiança, e que meus filhos possam converter-se a uma crença reverenciada!"<br /><br />À beira do túmulo, Allan Kardec discursou, apresentando o Sr. Sanson como um homem de bem em toda a extensão do vocábulo. Disse ainda que ele era dotado de uma inteligência incomum, desenvolvida por uma instrução variada e profunda. Simples nos seus modos de vida, aplicava a sua atividade intelectual em pesquisas e invenções muito engenhosas que, no entanto, não lhe trouxeram resultados.<br /><br />Era um desses homens que jamais se aborrecem, porque sempre estão pensando em algo de sério. Conquanto sua posição o tivesse privado daquilo que faz a doçura da vida, seu bom humor jamais se alterava.<br /><br />Kardec falou, ainda, de uma das grandes virtudes de Sanson, a fé. A fé espírita consiste na convicção íntima de que temos uma alma; que essa alma, ou Espírito, o que é a mesma coisa, sobrevive ao corpo; que ela é feliz ou infeliz, conforme o bem ou o mal que fez em vida.<br /><br />Nos dias 25 de abril e 2 de maio do mesmo ano de 1862, outras duas palestras ocorreram, em que, ainda servindo como médium o Sr. Leymarie, o Espírito Sanson respondeu a questões mais delicadas da situação do Espírito após a morte física, dizendo-se muito feliz por se tornar útil aos seus antigos colegas e ao seu digno presidente.<br /><br />Nas observações do mestre lionês, as palestras propiciam um elevado ensino na descrição que ele faz do próprio instante da transição e salienta que nem todos os Espíritos seriam aptos a descrever esse fenômeno com tanta lucidez quanto ele. O Sr. Sanson viu na sua morte o seu próprio renascimento, circunstância pouco comum e que devia à elevação de seu Espírito.<br /><br />Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris – é a forma como o Espírito se identifica, assinando a mensagem "Perda de pessoas amadas. – Mortes prematuras" (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 21), e a que se encontra inserida no cap. XI, item 10, da mesma obra, e que disserta a respeito de "A lei de amor", ambas datadas do ano 1863.</p><p>(Fonte: jornal Mundo Espírita)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-31179736224395297382024-02-24T12:45:00.000-08:002024-02-24T12:45:32.616-08:00Espíritos do Evangelho (8)<p> As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi1DVF0QF3tjhaMmkGsxmqUPr6PYq8O13dfG_u8jSYHb6eR1eEv2uz8EhbXY_-K9uI1RPle9ig2qnqroTVxseb3aH-adYw1VDRyzpxtevUA5aaZCF3q3XFrUqXci1nQ_oTzd5nawRRtSP2P_ZrRDUqO-T84wzzFMV6625jluc1syI1-m1jyoGOdCYD--Eo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="260" data-original-width="194" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi1DVF0QF3tjhaMmkGsxmqUPr6PYq8O13dfG_u8jSYHb6eR1eEv2uz8EhbXY_-K9uI1RPle9ig2qnqroTVxseb3aH-adYw1VDRyzpxtevUA5aaZCF3q3XFrUqXci1nQ_oTzd5nawRRtSP2P_ZrRDUqO-T84wzzFMV6625jluc1syI1-m1jyoGOdCYD--Eo" width="179" /></a></div><br /><p><b>8. François-Nicolas-Madeleine, Cardeal Morlot</b> (Paris, 1863)<br /><br />François-Nicholas-Madeleine Morlot foi um religioso francês nascido na cidade de Langres, a 28 de dezembro de 1795, e desencarnado em Paris, a 29 de dezembro de 1862), tendo alcançado, na Igreja, a posição de cardeal. Seu nascimento se deu já no final do chamado Período do Terror da Revolução Francesa e início do Diretório. Sua formação eclesiástica foi realizada no Seminário de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Dijon">Dijon</a>, enquanto sua ordenação presbiteral deu-se a 27 de maio de 1820, aos 24 anos, já sob o reinado de Luís XVIII. Foi vigário da Catedral de Paris, vigário geral da Arquidiocese de Paris e cônego da catedral.<br /><br />Morlot foi indicado para ser bispo de Orléans no dia 10 de março de 1839, pelo rei Luís Filipe e confirmado pelo Papa Gregório XVI no dia 8 de julho do mesmo ano. Recebeu a ordenação episcopal no dia 18 de agosto de 1839, em Paris, pelas mãos de Alexis-Basile Menjaud, bispo de Nancy e Toul. Foi promovido à sé metropolitana de Tours em 27 de janeiro de 1843.<br /><br />No pontificado de Pio IX foi criado Cardeal presbítero no consistório de 7 de março de 1853, recebendo o chapéu vermelho no dia 27 de junho de 1853, com o título dos Santos Nereu e Aquileu. Sua eminência foi designado Arcebispo de Paris em 1857 e sua entrada solene na Catedral de Paris deu-se a 25 de abril daquele ano.<br /><br />Na condição de Espírito comprometido com as hostes do Espírito de Verdade, colaborou enviando mensagens aos homens e uma delas, intitulada "A felicidade não é deste mundo", Allan Kardec aproveitou no capítulo 20 de O Evangelho Segundo o Espiritismo.</p><p>Um fato curioso é que certos tradutores das obras de Allan Kardec, bem como os editores dessa traduções, grafam o nome do cardeal sem os hífens tão próprios dos nomes próprios franceses, fazendo o leitor incauto pensar se tratar de três ou quatro Espíritos diferentes, usando travessões para separar as palabras, assim: François - Nicolas - Madeleine, cardeal Morlot.</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6345344960440535730.post-70988001277937911742024-02-23T17:37:00.000-08:002024-02-23T17:37:51.709-08:00Espíritos do Evangelho (7)<p>As "Instruções dos Espíritos" com que Allan Kardec encerrou alguns dos 28 capítulos de <b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b> são todas assinadas e seus autores podem ser facilmente identificados, porquanto são personalidades da cultura francesa, alguns, enquanto outros têm seu nome ligado à história do Cristianismo, tendo sido ou apóstolos ou discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Uma parte deles, porém, preferiu resguardar-se no anonimato, utilizando codinomes que em geral não permitem devassar sua identidade, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, o próprio Kardec, nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, não houve por bem ocultar seu verdadeiro nome, famoso na França do séc, XIX, em proveito da Doutrina dos Espíritos? Neste despretensioso trabalho tentamos lançar luzes novas sobre esses inolvidáveis colaboradores da Codificação, numa singela homenagem ao muito que fizeram em prol de nosso esclarecimento. Para tanto, fomos buscar informações disponíveis na Internet, em sites como o da Wikipedia e o da Federação Espírita Brasileira (FEB), dentre outros. Com isso, pensamos, é possível enriquecermos um pouco mais nossa cultural espírita. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4WordHm98TtWmyBtIgeoaAwf3VZLOMHxzW5UX-zqunuStS-h6wj2V-NbM-HmUDj2ezqkAE81F9g9lPmKWKthz3yhsqcmhxh2_VtoLzJoNBfG-7Nl9eSjpouGO4Ovl5X5TQ6BSxVgc1HdrRktLMiD5UoSCga55eworHu52-OS0bp6RhE9RKyItWp4qWsg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="249" data-original-width="203" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4WordHm98TtWmyBtIgeoaAwf3VZLOMHxzW5UX-zqunuStS-h6wj2V-NbM-HmUDj2ezqkAE81F9g9lPmKWKthz3yhsqcmhxh2_VtoLzJoNBfG-7Nl9eSjpouGO4Ovl5X5TQ6BSxVgc1HdrRktLMiD5UoSCga55eworHu52-OS0bp6RhE9RKyItWp4qWsg" width="196" /></a></div><br /><b style="text-align: left;">7. Lacordaire</b><span style="text-align: left;"> (Havre, 1863; Constantina, 1863)</span></div><p>Em junho de 1853, quando as mesas girantes e falantes agitavam os salões da Europa, depois de terem assombrado a América, em missiva a Mme. Swetchine, datada de Flavigny, Lacordaire escreveu: "Vistes girar e ouvistes falar das mesas? Desdenhei vê-las girar, como uma coisa muito simples, mas ouvi e fiz falar. Elas me disseram coisas muito admiráveis sobre o passado e o presente. Por mais extraordinário que isto seja, é para um cristão que acredita nos Espíritos um fenômeno muito vulgar e muito pobre. Em todos os tempos houve modos mais ou menos bizarros para se comunicar com os Espíritos; apenas outrora se fazia mistério desses processos, como se fazia mistério da química; a justiça por meio de execuções terríveis, enterrava essas estranhas práticas na sombra. Hoje, graças à liberdade dos cultos e à publicidade universal, o que era um segredo tornou-se uma fórmula popular. Talvez, também, por essa divulgação Deus queira proporcionar o desenvolvimento das forças espirituais ao desenvolvimento das forças materiais, para que o homem não esqueça, em presença das maravilhas da mecânica, que há dois mundos incluídos um no outro: o mundo dos corpos e o mundo dos espíritos." </p><p>O missivista era Jean-Baptiste-Henri Lacordaire, nascido em 12 de maio de 1802, numa cidade francesa perto de Dijon. A despeito de seus pais serem religiosos fervorosos, o jovem Lacordaire permaneceu ateu até que uma profunda experiência religiosa o levou a abraçar a carreira de advogado, na Teologia. Completando os estudos no Seminário, na qualidade de professor pôde constatar o relativo descaso dos seus estudantes pela religião. No intuito de despertar a afeição pública para a Igreja, como colaborador do jornal L'Avenir, passou a lutar pela liberdade daquela da assistência e proteção do Estado. Vigário da famosa Catedral de Notre-Dame, em Paris, a força da sua oratória atraía milhares de leigos para o culto.</p><p>Em 1839 entrou para a Ordem Dominicana na França, trabalhando por sua restauração, desde que a Revolução Francesa a tinha largamente subvertido. Discípulo de Lamennais, preocupou-se em afirmar que a união da liberdade e do Cristianismo seria a única possibilidade de salvação do futuro. Cristianismo, por poder dar à liberdade a sua real dimensão e a liberdade, por poder dar ao Cristianismo os meios de influência necessários para isto. Insistia que o Estado devia exercer seu controle sobre a educação, a imprensa e trabalho, de maneira a permitir ao Cristianismo florescer efetivamente dentro dessas áreas. </p><p>Foi Membro da Academia Francesa e o Codificador inseriu artigo a seu respeito na Revista Espírita de fevereiro de 1867, seis anos após sua desencarnação, que se deu em 21 de novembro de 1861. Nele, reproduz extrato da correspondência que inicia o presente artigo, comentando: "Sua opinião sobre a existência e a manifestação dos Espíritos é categórica. Ora, como ele é tido, geralmente, por todo o mundo, como uma das altas inteligências do século, parece difícil colocá-lo entre os loucos, depois de o haver aplaudido como homem de grande senso e progresso. Pode, pois, ter-se senso comum e crer nos Espíritos." </p><p>Em sessão realizada na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas em 18 de janeiro daquele ano, o médium "escrevente habitual" Morin descreveu a presença do espírito do padre Lacordaire como "um Espírito de grande reputação terrena, elevado na escala intelectual dos mundos (...) Espírita antes do Espiritismo (...)"; e concluiu: "Ele pede uma coisa, não por orgulho, por um interesse pessoal qualquer, mas no interesse de todos e para o bem da doutrina: a inserção na Revista do que escreveu há treze anos. Diz que se pede tal inserção é por dois motivos: o primeiro porque mostrareis ao mundo, como dizeis, que se pode não ser tolo e crer nos Espíritos. O segundo é que a publicação dessa primeira citação fará descobrir em seus escritos outras passagens que serão assinaladas, como concordes com os princípios do Espiritismo." </p><p>Mas ele mesmo, Lacordaire, retornou de Além-Túmulo, para emprestar à obra da Codificação a sua inestimável e talentosa contribuição. </p><p>(Fonte: www.caminhosluz.com.br)</p>Chizhttp://www.blogger.com/profile/10379413395761032216noreply@blogger.com7